Economia

Empresas investem para atender turistas da classe C e D

São Paulo - A Caixa Econômica Federal assinou hoje (12) convênio com a Carrefour Turismo para que clientes da rede de supermercados tenham acesso a uma linha especial de crédito para compra de passagem ou pacotes. O acordo é mais um que o banco fecha com empresas do ramo turístico com o objetivo de atrair […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal assinou hoje (12) convênio com a Carrefour Turismo para que clientes da rede de supermercados tenham acesso a uma linha especial de crédito para compra de passagem ou pacotes. O acordo é mais um que o banco fecha com empresas do ramo turístico com o objetivo de atrair pessoas das classes C e D.

Companhias aéreas e empresas do varejo também têm firmado parcerias para a venda de passagens aéreas em pontos de comércio popular. Na segunda-feira, a companhia Azul começou a vender passagens em 32 lojas de três redes de supermercados no estado de São Paulo. Um dia antes, a TAM deu inicio a um plano de varejo, que inclui a venda de passagens em lojas das Casas Bahia. Tudo isso visando um mercado que tende a crescer muito nos próximos anos.

De acordo com um estudo da instituto de pesquisas Data Popular, 10,7 milhões de brasileiros devem fazer sua primeira viagem aérea nos próximos 12 meses. Deste total, 8,7 milhões, ou seja, 82% são cidadãos das classes C e D, com renda entre 2 e 15 salários mínimos.

Esses cidadãos, informa o estudo, representam 67% de todos 26,4 milhões de pessoas que farão pelo menos uma viagem aérea até 2011. Representam também um mercado potencial de de R$ 11 bilhões de reais que grandes empresas de turismo pretendem alcançar.

"O mercado só vai crescer se for com a inclusão dos emergentes", disse o consultor, Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular."As empresas precisam investir nesta parte da população se querem expandir seus negócios."

Segundo Meirelles, o cliente de classe C e D têm características próprias e necessidades as quais o setor turístico precisa se adaptar. "Os canais de atendimento ainda são um problema; o passageiro ainda tem medo de passar algum constrangimento no aeroporto; e também tem dificuldade em pagar as passagens", enumera o consultor.

Ele afirma que as empresas têm evoluído neste sentido. Meirelles disse que a Gol tem investido na abertura de lojas próprias para que o consumidor possa ser atendido pessoalmente e se sinta mais seguro. Já a Azul criou facilidades para o parcelamento de passagens no cartão de crédito.

Mesmo assim, ele diz muito ainda tem que ser feito para que mais pessoas tenham acesso às viagens, inclusive nos aeroportos. "O investimento para melhorias não é uma demanda da Copa do Mundo. É uma demanda das 10,7 milhões de novas pessoas que farão seu primeira viagem neste ano."

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