Fed: "As empresas estavam geralmente otimistas com relação a perspectiva de curto prazo, mas um pouco menos do que no relatório anterior", disse o banco (Kevin Lamarque/Reuters)
Reuters
Publicado em 1 de março de 2017 às 16h49.
Washington - A economia dos Estados Unidos se expandiu em um ritmo modesto a moderado desde o início de janeiro até meados de fevereiro, informou o Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta quarta-feira, embora as empresas estivessem menos otimistas em meio a alguma incerteza sobre as políticas fiscais do governo do presidente do EUA, Donald Trump.
"As empresas estavam geralmente otimistas com relação a perspectiva de curto prazo, mas um pouco menos do que no relatório anterior", disse o banco central norte-americano no seu Livro Bege sobre a economia, que foi compilado a partir de evidências de empresas contatadas em todo o país.
O Fed subiu a taxa de juros pela segunda vez em dois anos na reunião de política monetária de dezembro do ano passado, mas espera acelerar o ritmo do aperto monetário este ano na esteira de taxa de desemprego baixa- atualmente 4,8 por cento - e da inflação crescente.
O Livro Bege disse que o mercado de trabalho permaneceu apertado com alguns distritos relatando escassez de mão de obra.
Um número de empresas também disse que a falta de trabalhadores qualificados estava provocando um aumento nos salários.
Na terça-feira, dois influentes integrante do Fed indicaram que um aumento da taxa de juros poderá ocorrer na próxima reunião, dentro de duas semanas.
O Fed está aguardando detalhes sobre os planos econômicos do presidente Donald Trump, incluindo um possível imposto sobre as importações dos Estados Unidos, para avaliar como suas políticas afetariam as perspectivas econômicas.
As empresas dos distritos de Boston e Dallas expressaram maior incerteza quanto às mudanças esperadas nas políticas de Washington.
Em Dallas, alguns empresas disseram que os clientes estavam adotando uma abordagem de "esperar para ver" em meio à incerteza.
No entanto, as empresas em St. Louis disseram que permanecem otimistas, com a confiança melhorando ligeiramente desde meados de novembro.