Zona do euro: pressão deve permanecer sobre o BCE para reduzirem em breve a política monetária ultrafrouxa (Philippe Huguen/AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 23 de junho de 2017 às 08h45.
Londres - O crescimento empresarial da zona do euro perdeu força inesperadamente no final do primeiro semestre após repentina desaceleração no ritmo de expansão das empresas de serviços, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Mas com a inflação relativamente resiliente e o crescimento geral ainda forte, a pressão deve permanecer sobre as autoridades do Banco Central Europeu (BCE) para reduzirem em breve a política monetária ultrafrouxa.
O PMI Composto do IHS Markit para junho caiu a 55,7 de 56,8 em abril e maio, o que havia sido o nível mais alto desde abril de 2011. Leitura acima de 50 indica crescimento.
Pesquisa da Reuters apontava expectativa de que não houvesse mudança no índice e nenhum dos economistas consultados esperava queda tão grande.
"No momento não estou tão preocupado com isso", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit. "Podemos estar chegando ao estágio em que o crescimento foi forte por alguns
meses e estamos atingindo alguns tetos em termos do grau em que as empresas podem expandir a capacidade."
Williamson disse que o PMI indica crescimento do PIB no segundo trimestre de 0,7 por cento, contra expectativa em pesquisa da Reuters neste mês de 0,5 por cento.
As empresas do dominante setor de serviços do bloco não tiveram desempenho como esperado. O PMI de serviços caiu a 54,7 de 56,3, bem abaixo até da previsão mais pessimista em pesquisa da Reuters com mais de 40 economistas.
Já a indústria teve um mês melhor do que o esperado. O PMI de indústria avançou para a máxima de mais de seis anos de 57,3 ante 57,0 e expectativa de 56,8 na pesquisa.