Economia

Empresas argentinas querem tratamento "igualitário" na Copa 2014

O embaixador da Argentina no Brasil destacou o interesse das companhias do país vizinho em participar das obras para a Copa e as Olimpíadas no Brasil

O assunto deverá ser um dos temas tratados no encontro entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner que ocorre hoje no Palácio do Planalto (Juan Mabromata/AFP)

O assunto deverá ser um dos temas tratados no encontro entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner que ocorre hoje no Palácio do Planalto (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h51.

Brasília - O embaixador da Argentina no Brasil, Juan Pablo Lohle, disse hoje (29) que empresas argentinas querem participar das obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, e que, para isso, é necessário que o Brasil adote um tratamento "equivalente" entre empresários brasileiros e os do país vizinho. "Só queremos um tratamento igualitário", destacou o embaixador.

"É necessário abrir o mercado. É necessário que tenha uma decisão política de participação. O tratamento tem que ser equivalente. Quando as empresas brasileiras vão para a Argentina, a gente abre o mercado e agora queremos que as empresas brasileiras abram mercado aqui no Brasil”, enfatizou.

De acordo com o embaixador, existem na Argentina cerca de 5 empresas com capacidade suficiente para executar as obras. "São empreiteiras de construção civil argentinas, [assim] como existem empresas de construção civil brasileiras que participam de obras na Argentina", disse o embaixador que citou as empresas brasileiras Camargo Correia, Odebrecht, Andrade Gutierrez, que segundo ele, atuam em seu país. "Todas as grandes empreiteiras brasileiras atuam na Argentina e nós também pretendemos ter uma cota de participação no Brasil", destacou.

O assunto deverá ser um dos temas tratados no encontro entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner que ocorre hoje no Palácio do Planalto. As duas presidentes também devem tratar das relações comerciais entre os dois países que enfrentam divergências desde que a Argentina ampliou restrições a produtos brasileiros no primeiro semestre desse ano. Em resposta, o Brasil também restringiu a importação de carros argentinos.

Lolhe minimizou os problemas de barreiras comerciais entre os dois países do Mercosul. Ele disse que considera natural divergências quando se tem um mercado com um volume negociado de US$ 33 bilhões como é o atual mercado entre Brasil e Argentina. Segundo ele, essas distorções vêm sendo tratadas tanto no campo técnico quanto no plano político. "Todos os dias estamos resolvendo problemas desse tipo", afirmou.

Apesar das restrições comerciais, há uma expectativa de aumento do comércio bilateral entre os dois países sul-americanos para 2011. As autoridades estimam que o volume comercializado este ano passe de US$ 40 bilhões.

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