Indústria 4.0: há proposta para desenvolver cursos para formar profissionais preparados para lidar com necessidades da transformação digital (Krisztian Bocsi/Bloomberg/Bloomberg)
Agência Brasil
Publicado em 27 de junho de 2018 às 16h38.
Última atualização em 27 de junho de 2018 às 16h39.
No 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), em Colônia, na Alemanha, um grupo de empresários brasileiros apresentou proposta para ampliar o projeto-piloto de digitalização da indústria nacional e alemã. O projeto é resultado da parceria de 13 grandes empresas, seis brasileiras e sete alemães, em busca do salto de produtividade previsto com a indústria 4.0.
A indústria 4.0 ou Quarta revolução Industrial é um conceito que se refere à prática das chamadas "fábricas inteligentes" com estruturas modulares, sistemas que monitoram os processos físicos, criando uma espécie de cópia virtual do mundo físico, e orientando decisões descentralizadas. A internet está no centro do sistema.
O projeto de parceria do Brasil com a Alemanha reúne Embraer, Totvs, WEG, Ioschpe, WEG, Eurofarma, Siemens, Bosh, SAP e Festo, entre outras. A cooperação entre os setores privados do Brasil e da Alemanha busca também aumentar as tecnologias digitais em pequenas e médias empresas (PMEs) e a criação de métodos de treinamento para a indústria 4.0.
No acordo, há proposta para desenvolver cursos técnicos e superiores para formar profissionais preparados para lidar com as necessidades da transformação digital, assim como a demanda de empresas internacionalizadas.
Em nome dos empresários brasileiros, a proposta de ampliação da parceria com os alemães foi detalhada pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, durante o encontro em Colônia. O evento reuniu 500 empresários, entre eles 260 brasileiros.
O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, disse que a nova revolução industrial no Brasil permitirá ganhos de produtividade, aumento da eficiência e integração da produção, mas também vai exigir mudança de modelos de negócio das empresas.
Para João Emílio Gonçalves, são necessários o estímulo à adoção e ao desenvolvimento de novas tecnologias, além da expansão da infraestrutura de banda larga, mudanças na regulação brasileira e treinamento dos recursos humanos.
Participaram do encontro, os presidentes das federações estaduais das indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry; de Roraima (Fier), Rivaldo Neves; do Maranhão (Fiem), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (Fiemg), Flavio Roscoe.