Construção: o segundo mês do ano foi considerado regular por 57,9%, enquanto 26,3% definiram o período como ruim (Thinckstock)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 14h07.
São Paulo - Os empresários do setor de materiais de construção acreditam que as vendas devem mostrar comportamento regular no mês de março.
Entre os entrevistados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), 15,8% estimam bons resultados no mês, enquanto 63,1% disseram que o período deve ser regular e 15,8% assinalaram o mês como ruim.
Outros 5,3% apontam março como muito ruim.
A leitura para o mês que vem é melhor que a avaliação de fevereiro, quando a observação "bom" contou com 5,3% dos entrevistados.
O segundo mês do ano foi considerado regular por 57,9%, enquanto 26,3% definiram o período como ruim. Uma fatia de 10,5% disse que fevereiro foi muito ruim.
"De acordo com o indicado pelas empresas, há uma certa estabilização no conceito de vendas regulares para os próximos dois meses, e uma pequena melhora na pretensão de investimentos e da utilização da capacidade das fabricas", afirmou o presidente da entidade, Walter Cover.
"É um pouco cedo para falarmos em uma reversão da tendência negativa que predominou no ultimo ano, mas é possível que estamos vendo uma reação no mercado do varejo", acrescentou.
Já no mercado imobiliário e nas obras de infraestrutura, a perspectiva continua negativa, esperando sinais para restaurar a confiança das famílias e dos empresários para voltar a investir.
Se persistirem os números de estabilidade na próxima pesquisa, a Abramat já espera dizer que o mercado parou de cair e se prepara para uma transição em 2016 em um nível de atividade similar a 2007.
A Abramat informou também que, em fevereiro, nenhuma empresa tem boas expectativas quanto às ações do governo para o setor da construção civil nos próximos 12 meses.
A avaliação de 73,7% dos entrevistados foi de pessimismo nesta questão - enquanto os outros 26,3% revelaram indiferença.
O resultado apresentou estabilidade do otimismo, que estava em zero desde novembro. Em igual mês do ano passado, a taxa estava em 11%. O histórico de pessimismo recuou frente aos 79% de janeiro, mas aumento antes os 50% em fevereiro do ano passado.
A sondagem da associação indicou também que, na média, 42% das indústrias de materiais pretendem investir nos próximos 12 meses.
O resultado representou uma melhora em relação a janeiro, quando a intenção relatada era de 37%. Em igual mês do ano anterior, o indicador estava em 47%.