Economia

Empresários criticam alta dos juros, mas veem alento

Entidades do setor produtivo pedem o fim do aperto monetário

Fiesp diz que as "vuvuzelas" do mercado estão erradas (FIESP/Reprodução)

Fiesp diz que as "vuvuzelas" do mercado estão erradas (FIESP/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2010 às 23h30.

São Paulo - O presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse ver "com algum alento" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir o ritmo de aperto monetário (aumento de meio ponto percentual). Ainda assim, o empresário criticou: "A manutenção do processo de elevação dos juros mostra-se desnecessária pelo cenário de arrefecimento da atividade econômica".

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota de repúdio ao aperto monetário. "O que é mais importante: as expectativas de mercado ou os números já bem claros de arrefecimento da inflação no Brasil? A quem interessa juros altos: aos poucos do mercado ou aos muitos da sociedade?", questiona a entidade.

Segundo a Fiesp, os recentes índices de inflação comprovam que as expectativas do mercado estavam erradas. "O barulho ensurdecedor das 'vuvuzelas' de mercado - estas muito mais fortes do que o nosso responsável apito - apontava para uma inflação de demanda que estava perdendo o controle. Mas, diferente disso, os números estão aí e todos favoráveis a nossa tese."

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) considerou exagerada a decisão do Copom. "Está na hora de o Banco Central observar as nuances da economia com mais cuidado antes de pensar em aumentar os juros", diz a entidade, por meio de nota.

Leia mais: Aumento da Selic tem efeito pequeno no crédito

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralComércioCopomIndústriaIndústrias em geralJurosMercado financeiroVarejo

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'