A indústria paulista encerrou o primeiro semestre com saldo de 30 091 novos postos de trabalho abertos. O número é 1,97% maior que o de igual período do ano passado. Também é o melhor desempenho para o primeiro semestre de um ano desde que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) alterou a base de cálculo de sua pesquisa, em 1994. Somente no mês passado, foram criados 12 124 empregos, uma alta de 0,79% sobre maio. O percentual é o maior para um mês de junho, também desde 1994 (veja tabela abaixo).

Os setores ligados à exportação foram os que mais contribuíram para a criação de empregos, com destaque para calçados, alimentos, máquinas e bens de capital, montadoras, têxteis e materiais elétricos e eletrônicos.

Dos 47 sindicatos patronais pesquisados pela Fiesp, 27 registraram saldo positivo na criação de empregos em junho, 13 apontaram redução das vagas, e sete mantiveram-se estáveis. Entre aqueles com desempenho positivo, 15 apresentaram aumento do nível de empregos acima da média do mês (0,79%). O destaque foi o segmento de congelados e supercongelados que apresentou a maior alta do nível de emprego entre as atividades pesquisadas: 18,28%. Segundo a Fiesp, o resultado reflete a antecipação de contratações sazonais que estavam programadas apenas para agosto, como a de trabalhadores para a colheita da safra da laranja, que integra a cadeia de produção de sucos. Os mármores e granitos vieram em segundo lugar, com 5,49% mais empregos.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, o nível de emprego subiu 1,98% na indústria paulista, com saldo positivo de 30 163 vagas. Segundo a Fiesp, entre 1995 e 2003, o único ano que encerrou com aumento do número de empregados foi 2000, quando se acumulou um saldo de 27 416 vagas. Já o ano passado terminou com 1 351 postos a menos na indústria.