Desemprego: para reverter o quadro, seria preciso, por exemplo, agilizar novas concessões na infraestrutura, bem como lançar a fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o presidente do SindusCon-SP (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2015 às 13h08.
São Paulo - O emprego na construção brasileira apresentou queda de 0,68% em março na comparação a fevereiro. O setor fechou cerca de 297 mil vagas em 12 meses, uma queda de 8,36%, segundo pesquisa do SindusCon-SP/FGV em parceria com a FGV. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 22,3 mil trabalhadores com carteira assinada.
No primeiro trimestre, o saldo ficou negativo em 64,2 mil vagas, uma queda de 1,95% em relação a dezembro. Ao final de março, o número de trabalhadores do setor totalizava 3,253 milhões, ainda conforme dados da pesquisa. No trimestre, a queda foi de 7,45%, uma redução de 263,8 mil empregos ante mesmo período de 2014.
"A rápida deterioração do nível de emprego no primeiro trimestre requer medidas urgentes do governo para reverter esse quadro. É preciso agilizar novas concessões na infraestrutura, bem como lançar a fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida. No setor imobiliário, diante do próximo esgotamento dos financiamentos com recursos da Poupança, será necessário reforçar a concessão de crédito por meio de novos instrumentos financeiros", diz o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em nota.
Em março, o nível de emprego no Estado de São Paulo registrou leve recuo de 0,17% sobre fevereiro, com saldo negativo em 1.458 trabalhadores. No acumulado do ano caiu 5,76%, com o fechamento de 51.387 vagas. No trimestre, o saldo negativo foi de 1.107 vagas, com retração de 0,13% em relação a dezembro.
Ao final de março, o número de trabalhadores do setor empregados no estado totalizava 837,7 milhões. Em relação a março de 2014, a queda foi de 6,37% (-56.966 vagas), informa o Sinduscon.