Emprego: maior queda ocorreu no comércio, cuja participação do emprego informal caiu 18 pontos percentuais em dez anos (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 14h25.
São Paulo - A informalidade do emprego no país caiu de 55% para 40% durante os últimos dez anos, segundo pesquisa encomendada pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo.
A redução do emprego informal foi observada em todos os setores econômicos brasileiros. Os dados foram apresentados hoje (3) na capital paulista. O estudo completo está na reportagem de capa da edição de EXAME que chegou hoje às bancas.
A maior queda ocorreu no comércio, cuja participação do emprego informal caiu 18 pontos percentuais em dez anos, passando de 54% para 36%. Na década, o comércio despontou como principal setor em termos de participação no emprego, superando o setor agrícola.
Os setores que mais concentraram trabalhadores informais foram o agrícola, de construção civil e empregos domésticos.
Tiveram concentração média de informalidade os setores de alojamento, alimentação, comércio, transporte, armazenagem, comunicação e indústria. As áreas que tradicionalmente, empregam menos trabalhadores informais são administração pública, educação, saúde e serviço social.
Nesse parâmetro, nota-se uma migração dos trabalhadores para setores que concentram mais empregos formais.
Há dez anos, 63% dos trabalhadores concentravam-se em setores de alta informalidade e, agora, o percentual caiu para 35%.
Alguns setores com menor informalidade empregavam 14% da força de trabalho, passando para 43% atualmente.
No varejo, os subsetores farmácia, combustíveis, eletroeletrônico e alimentos conseguiram apresentar a maior redução da informalidade.
De acordo com a pesquisa, essa queda se deve às medidas voltadas ao aumento da arrecadação fiscal, como a substituição tributária, ao fortalecimento da fiscalização e às mudanças nas estratégias das empresas, como a ampliação dos meios de pagamento eletrônico e o crescimento dos shopping centers.
Os setores que não reduziram significativamente a informalidade foram a construção e o vestuário. Eles mantiveram características da produção em cadeia, que ainda permitem práticas ou modelos de negócios informais em uma parcela relevante do mercado, mostra o levantamento.