Economia

Emprego e atividade manufatureira mostram força dos EUA

Resultados dos índices sugerem que a maior economia do mundo deve ter um forte desempenho em 2014

Funcionários montam eletrodomésticos na fábrica da Whirlpool em Cleveland, Tennessee (Chris Berry/Reuters)

Funcionários montam eletrodomésticos na fábrica da Whirlpool em Cleveland, Tennessee (Chris Berry/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 15h53.

Washington - Um índice que mede a atividade manufatureira nos Estados Unidos se manteve em dezembro perto da máxima em 2 anos e meio e o número de norte-americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu pela segunda semana consecutivo, sugerindo que a maior economia do mundo deve ter um forte desempenho em 2014.

O fortalecimento dos fundamentos da economia dos EUA foi ressaltado pelos dados sobre os gastos com construção que atingiram o maior nível em quase cinco anos em novembro.

"As tendências subjacentes estão apontando para a aceleração da economia à medida que avançamos ao longo do ano. As condições parecem estar se unindo para um ano muito bom", disse Joel Naroff, economista-chefe do Naroff Economic Advisors em Holland, Pensilvânia.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que o seu índice da atividade fabril nacional ficou em 57,0 no mês passado, ante máxima em 2 anos e meio em novembro, de 57,3.

Leituras acima de 50 indicam expansão. Ainda assim, o resultado de dezembro foi o segundo maior em 2013.

"A confiança está melhorando. Isso tudo é bem positivo. Estamos esperando que o crescimento acelere novamente no ano novo", disse o economista-chefe da Raymond James, Scott Brown, em São Petersburgo, Flórida.


Apesar da atividade manufatureira responder por apenas cerca de 12 por cento da economia, tem sido o principal motor da recuperação da recessão de 2007-09.

Em relatório separado, o Departamento de Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego caiu em 2 mil, para 339 mil segundo dados ajustados sazonalmente, na semana passada--segunda queda consecutiva.

Embora as solicitações continuem a ser afetadas por variações sazonais, economistas disseram que a queda da semana passada foi consistente com a melhora nas condições do mercado de trabalho e ficou em linha com outros indicadores mostrando aceleração na criação de empregos.

Uma medida de nível de emprego do relatório do ISM atingiu o maior nível desde junho de 2011.

"Os pedidos de auxílio-desemprego permanecem em um nível consistente com a melhora nas condições do mercado de trabalho. Continuamos esperando criação de 215 mil novos empregos fora do setor agrícola para dezembro", disse a economista Laura Rosner, do BNP Paribas em Nova York.

Os empregadores abriram 203 mil vagas de trabalho em novembro e a taxa de desemprego teve queda de 0,3 ponto percentual, para 7 por cento. Os dados de emprego fora do setor agrícola de dezembro serão divulgados em 10 de janeiro, com a mediana de projeções de analistas consultados pela Reuters prevendo 193 mil novos empregos no mês passado.

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