Economia

Emprego com carteira assinada caiu 3,1% em um ano, diz IBGE

Os empregos com carteira assinada somaram, em julho, 11,3 milhões nas seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego


	Carteira de trabalho: em relação a julho de 2014, há menos 359 mil pessoas com carteira assinada no mercado
 (Agência Brasil)

Carteira de trabalho: em relação a julho de 2014, há menos 359 mil pessoas com carteira assinada no mercado (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 11h43.

Empregos com carteira assinada e o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro registraram queda em julho deste ano, conforme pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os empregos com carteira assinada somaram, em julho, 11,3 milhões nas seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

De acordo com o IBGE, o número caiu 3,1% em relação a julho de 2014. Isso significa que há – no mercado de trabalho – menos 359 mil pessoas com carteira assinada.

Na comparação com junho deste ano, também houve uma queda, de 1,5%, no número de pessoas com carteira assinada.

Os empregos sem carteira assinada somaram 1,98 milhão: houve estabilidade – no que se refere aos trabalhadores sem carteira - tanto na comparação com junho deste ano, quanto na comparação com julho de 2014.

A população ocupada total nas seis regiões metropolitanas ficou estatisticamente estável em ambas as comparações temporais, em 22,8 milhões de pessoas.

Entre os grupamentos de atividades, os postos de trabalho mantiveram-se estáveis em todos eles, na comparação com junho deste ano.

Na comparação com julho do ano passado, houve quedas na oferta de postos de trabalho na indústria (-4%) e na construção (-5,2%). Os itens educação, saúde e administração pública registraram aumento de 4,2% na população ocupada.

Rendimento real

O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro caiu 2,4% em julho deste ano, em seis das principais regiões metropolitanas do país, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo a PME, o rendimento ficou em R$ 2.170,70 em julho deste ano. Em julho de 2014, o rendimento em valores atuais, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), era R$ 2.223,87.

Na comparação com junho deste ano, no entanto, o rendimento em julho ficou estatisticamente estável.

Na comparação com julho de 2014, o único segmento de atividades que teve alta no rendimento foi educação, saúde e administração pública (0,7%).

Os seis demais segmentos tiveram queda: construção (-9,6%), indústria (-3,7%), comércio (-3,6%), serviços prestados às empresas (-3,3%), serviços domésticos (-2,2%) e outros serviços (-1,9%).

No setor privado, no mesmo tipo de comparação temporal, houve queda tanto no rendimento dos empregos com carteira assinada (-3,4%) quanto naquele dos empregos sem carteira (-6%).

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pela PME, na comparação com o ano passado, houve aumento nos rendimentos em Porto Alegre (1,6%) e Salvador (1,3%).

As demais tiveram queda: São Paulo (-3,5%), Recife (-3%), Belo Horizonte (-2,9%) e Rio de Janeiro (-2,8%).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEmprego formalEstatísticasIBGE

Mais de Economia

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal