Economia

Emissões globais do setor elétrico ficam estáveis em 2015

Fontes renováveis foram as grandes responsáveis pela manutenção da taxa, respondendo por cerca de 90% da nova produção de eletricidade no ano passado.


	Queda: na China e nos EUA, houve redução de 1,5% e 2% nas emissões relacionadas a energia, respectivamente.
 (Thinckstock)

Queda: na China e nos EUA, houve redução de 1,5% e 2% nas emissões relacionadas a energia, respectivamente. (Thinckstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 17 de março de 2016 às 16h02.

São Paulo - As emissões globais de gases de efeito estufa relacionadas ao setor de energia permaneceram estáveis pelo segundo ano consecutivo, em 2015, de acordo com dados preliminares divulgados pela Agência Internacional de Energia (AIE).

A boa notícia, que chega poucos meses após a COP21, representa um impulso para a luta global contra as mudanças climáticas, ao mostrar que é possível crescer economicamente sem impactar ainda mais o meio ambiente.

Segundo os dados preliminares, em 2015, as emissões situaram-se em 32,1 bilhões de toneladas, taxa estável desde 2013, ao passo que a economia global cresceu mais de 3%.

Em toda a história de medições da AIE, as outras únicas três vezes em que as emissões não cresceram estiveram associadas à recessão econômica (1980, 1992 e 2009).

(Reprodução/ AIE)

Os dados preliminares da AIE sugerem que a eletricidade gerada por fontes renováveis ​​desempenhou um papel fundamental neste processo, sendo responsável por cerca de 90% da nova produção de energia elétrica em 2015; a fonte eólica, sozinha, produziu mais de metade da nova produção de eletricidade.

China e Estados Unidos, os dois maiores emissores mundiais, registraram queda nas emissões de CO2 relacionadas à energia em 2015. Na China, as emissões diminuíram 1,5%, com o uso de carvão caindo pelo segundo ano consecutivo.

No ano passado, o carvão gerou menos de 70% da eletricidade chinesa, dez pontos percentuais a menos do que quatro anos atrás (em 2011).

No mesmo período, as fontes de baixo carbono saltaram de 19% para 28%, com hídrica e eólica respondendo por grande parte do aumento.

Nos Estados Unidos, as emissões diminuíram 2% em 2015, motivadas pela perda de espaço do carvão para uso do gás natural na geração de eletricidade. 

No entanto, a AIE nota que a queda observada nos dois principais emissores foi compensada pelo aumento das emissões na maioria de outras economias asiáticas em desenvolvimento e no Oriente Médio, e também um aumento moderado na Europa.

A análise completa será divulgada em um relatório especial, o World Energy Outlook, sobre a energia e qualidade do ar, que será lançado no final de junho.

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