Economia

“Emenda Nutella” preocupa franceses

Segundo blog do jornal Le Monde, a justificativa para o aumento de cerca de 300% no imposto do óleo de palma está na saúde

Nutella: em setembro, François Holande afirmou que seu governo iria propor um orçamento com cerca de 20 bilhões de euros em novos impostos (Divulgação)

Nutella: em setembro, François Holande afirmou que seu governo iria propor um orçamento com cerca de 20 bilhões de euros em novos impostos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 14h30.

São Paulo – O preço da Nutella pode aumentar na França e isso vem preocupando a população. O senado do país aprovou um aumento no imposto sobre o óleo de palma, ingrediente responsável por mais de 25% da composição do famoso creme de avelã, segundo blog do jornal francês Le Monde.

Na prática, o aumento provocado pela chamada “emenda da Nutella” em um pote de cinco quilos do doce, que custa 37 euros, seria de 30 centavos de euros, segundo o France Tvinfo. 

Apesar do apelido da medida, a Nutella não será a única afetada. Bolos, pratos prontos, pizzas e sorvetes também usam óleo de palma. A justificativa para o aumento de cerca de 300% no imposto do óleo de palma está na saúde. O produto é considerado muito gorduroso e sua produção prejudica o meio-ambiente. A ideia é que a taxa maior leve os produtores a substituírem esse óleo. 

O senado também votou pelo aumento dos impostos sobre cigarros, cerveja e bebidas energéticas. A França tem prestado atenção aos impostos. Em setembro, o presidente do país, François Holande, afirmou que seu governo iria propor um orçamento com cerca de 20 bilhões de euros em novos impostos e 10 bilhões de euros em cortes de gastos. Um dos impostos pesaria sobre os mais ricos. O país tenta cumprir as obrigações de redução de seu déficit orçamentário – de 4,5% do PIB em 2012 para 3% no próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosEuropaFrançaImpostosLeãoPaíses ricosTrigo

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta