Máquinas agrícolas realizam a colheita da soja na fazenda Morro Azul, próxima de Tangará da Serra (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2014 às 16h57.
São Paulo - Os embarques brasileiros de soja, principal produto da pauta de exportações agrícolas do país, recuaram um pouco em julho após recorde em abril, mas seguem acima do registrado um ano atrás, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira.
As exportações de milho, por sua vez, ainda não conseguiram ganhar ritmo, com um volume embarcado até o momento neste mês insuficiente para encher dois navios.
O ritmo diário de embarque de soja ficou em 271 mil toneladas por dia nas três primeiras semanas de julho, contra 345 mil toneladas/dia em junho e 246 mil toneladas/dia em junho de 2013.
O ano de 2014 vem sendo de embarques recordes de soja no Brasil, após a maior safra da história do país, colhida no primeiro semestre.
Em abril, por exemplo, foram embarcados pela primeira vez mais de 8 milhões de toneladas da oleaginosa.
Milho
Já o milho, que registrou pesados embarques no segundo semestre de 2013, não consegue repetir o bom desempenho até o momento.
O ritmo de exportações está em 7,5 mil toneladas/dia, ante 4,4 mil toneladas/dia em junho, mas 76 por cento abaixo do volume verificado em julho de 2013 (32 mil toneladas/dia).
Nos primeiros 14 dias úteis do mês, o Secex registrou embarques de 105 mil toneladas do cereal, menos que o necessário para encher dois navios Panamax, embarcações que carregam entre 60 mil e 70 mil toneladas de grãos.
Especialistas dizem que o mercado brasileiro de milho deve viver um segundo semestre turbulento, com uma ampla oferta global provocando fragilidade nos preços e incerteza sobre volumes a serem exportados pelo país.
Os principais Estados produtores do Brasil estão começando a colher a segunda safra da temporada 2013/14 que, apesar de não ser recorde como a do ano passado, está muito perto disso.
No entanto, boa parte desse milho chegará ao mercado quase junto com uma safra recorde dos Estados Unidos, maior exportador e grande concorrente do Brasil.