Economia

Embarque de carne bovina do Brasil sobe 20% no ano

Exportações atingiram 1,085 milhão de toneladas no acumulado do ano até setembro, alta de 19,4 por cento ante 2012


	Gado: país obteve receita de 4,8 bilhões de dólares com os embarques realizados entre janeiro e setembro
 (AFP)

Gado: país obteve receita de 4,8 bilhões de dólares com os embarques realizados entre janeiro e setembro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 20h59.

São Paulo - As exportações de carne bovina do Brasil atingiram 1,085 milhão de toneladas no acumulado do ano até setembro, alta de 19,4 por cento ante o mesmo período do ano passado, impulsionadas pela firme demanda vista ao longo do ano, disse nesta segunda-feira o presidente da associação que reúne os exportadores.

"É um recorde para setembro... (A exportação) cresce em um mercado competitivo e consolida a posição do Brasil", disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli.

O número é preliminar e ainda pode ter alguns ajustes, em função do fornecimento de dados de associados.

O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, obteve receita de 4,8 bilhões de dólares com os embarques realizados entre janeiro e setembro deste ano, 13 por cento maior que no mesmo período do ano passado.

As vendas para Hong Kong, principal destino para a carne brasileira neste ano, cresceram em volume 71,4 por cento ante 2012, chegando a 268,2 mil toneladas.

A Rússia, tradicional importador e segundo no ranking, comprou 13,3 por cento a mais no acumulado do ano, somando 241 mil toneladas.

A indústria exportadora de carne bovina estima encerrar o ano com receita recorde, acima de 6 bilhões de dólares. Em volume, a estimativa é de incremento de 20 por cento, podendo atingir 1,49 milhão de toneladas.

Com este volume, a indústria se aproxima da marca de 1,62 milhão de toneladas registrada em 2007.

A indústria ainda espera elevar as vendas até o final do ano com o fim das restrições de alguns países por causa do caso atípico de encefalopatia espongiforme, o chamado mal da vaca louca, detectado no Paraná no fim do ano passado.

Na ocasião, o Ministério da Agricultura esclareceu que a fêmea morta que possuía o agente causador não desenvolveu a doença, mas a notícia fez vários países adotarem restrições ao produto brasileiro.

China, Iraque, Arábia Saudita e Japão estão entre os países que bloquearam total ou parcialmente as compras do Brasil, mas agora estão em negociação para suspender os embargos, disse Camardelli.

O Egito, um importante mercado para o Brasil, liberou recentemente a entrada de produto oriundo do Paraná, segundo Camardelli, e os primeiros embarques começam a ser registrados.

"Estamos na expectativa de a qualquer hora um destes mercados reabrirem e se somarem (aos atuais importadores)... É mais um ponto a favor do setor", acrescentou o presidente da associação.

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