Economia

Em uma semana, 1 milhão volta a trabalhar com fim de afastamento, diz Pnad

Pesquisa Pnad Covid19 do IBGE aponta que 16,1% de todos os brasileiros empregados estão, temporariamente, fora de suas funções

Multidão: trabalhadores começam a voltar ao trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus (Amanda Perobelli/Reuters Business)

Multidão: trabalhadores começam a voltar ao trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus (Amanda Perobelli/Reuters Business)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de junho de 2020 às 15h38.

Na primeira semana de junho, 1,06 milhão de brasileiros deixaram de estar afastados no trabalho e voltaram a exercer sua função de alguma forma, seja de home office ou de forma presencial. Os dados são da Pnad Covid, pesquisa telefônica do IBGE, divulgada nesta sexta-feira.

No mês de maio, também de acordo com o IBGE, eram 19 milhões de afastados de suas funções, dos quais 9,7 milhões estavam sem salário.

Segundo a pesquisa, a redução do número de ocupados afastados do trabalho foi influenciado pela região Sudeste, a única a apresentar queda do índice na primeira semana de junho. Na demais, houve estabilidade na comparação com a última semana de maio.

Ao todo, cerca de 13,5 milhões de brasileiros ainda seguem afastados do trabalho devido ao distanciamento social, o equivalente a 16,1% da população ocupada. Na última semana de maio, por exemplo, o total de pessoas com vínculo trabalhista e impossibilitada de trabalhar era de 14,6 milhões.

A redução do número de brasileiros afastados do trabalho podem indicam que essas pessoas voltaram a exercer sua atividade de alguma maneira, seja presencialmente ou de modo remoto, o que pode indicar uma adaptação de empresas ao teletrabalho, por exemplo. Desde a primeira semana de maio, o contingente de pessoas afastadas vem diminuindo gradualmente.

Apesar do dado positivo, a procura por emprego ainda segue estável, na comparação com a última semana, indicando que a pandemia e as necessárias medidas de isolamento social ainda pesam sobre o mercado de trabalho. A taxa de desocupação se manteve estável, em 11,8%.

Cerca de 26,8 milhões de brasileiros estavam fora da força de trabalho, mas disseram que gostaria de trabalhar. Destes, 17,9 milhões estavam impossibilitados de buscar um emprego por conta da pandemia ou por não encontrarem uma vaga na localidade em que moravam.

Este último grupo reúne potenciais desempregados, já que estavam disponíveis para trabalhar. Pela metodologia do IBGE, é considerado desempregado quem procura emprego e não acha.

Ao todo, 83,7 milhões de brasileiros estavam ocupados na primeira semana de junho. Entre esses,  8,9 milhões - 13,2% dos ocupados - trabalhavam remotamente. Ambos os dados mantiveram estabilidade frente a semana anterior.

A Pnad Covid é a primeira pesquisa do IBGE feita completamente por telefone. O objetivo da pesquisa é acompanhar o impacto da quarentena no mercado de trabalho, assim como a população com sintomas gripais e que procuraram atendimento médico.

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