Economia

Em uma família "há divergências", diz Dilma sobre Levy

"O ministro Levy não está desgastado no governo, ele participou conosco de todas as etapas da construção desse orçamento", disse ela


	A presidente Dilma Rousseff: "o ministro Levy não está desgastado no governo"
 (David Paul Morris/Bloomberg)

A presidente Dilma Rousseff: "o ministro Levy não está desgastado no governo" (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 14h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quarta-feira, ao afirmar que ele não está "isolado" ou "desgastado" dentro do governo, buscando empurrar para longe as especulações de que ele poderia estar perdendo espaço na condução da política econômica.

Mas, ao mesmo tempo, a presidente disse que dentro de uma família há divergências de opiniões e que, tomada uma posição após debates, essa posição tem de ser assumida por todos.

"O ministro Levy não está desgastado no governo, ele participou conosco de todas as etapas da construção desse orçamento", afirmou ela em entrevista a jornalistas, referindo-se à proposta do Orçamento de 2016 encaminha ao Congresso, que prevê déficit primário equivalente a 0,34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado.

Mas emendou: "Dentro de uma família, só tem uma opinião? Não, dentro de uma família tem várias opiniões. O fato de haver opiniões de A, de B, de C, de D,... não significa que a família está desunida, significa que ela debate, discute", afirmou a presidente, acrescentando que, a partir do momento em que se toma uma posição, "ela é de todos nós (governo)".

Nos bastidores, a insatisfação do ministro Levy com a condução da política econômica não é nova e há relatos de que ele teria perdido diversas batalhas para seu colega Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. A última nesta semana, com relação ao Orçamento de 2016, já que não queria dar sinais aos agentes econômicos de afrouxamento na condução das contas públicas.

Na véspera, publicamente, o ministro chegou ressaltar a necessidade de sinalizar firmeza no compromisso fiscal e voltou a defender que o governo busque a meta antiga de 0,7 por cento do PIB de superávit primário --economia para pagamento de juros da dívida pública-- em 2016.

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