Economia

Em tom mais otimista, Fed destaca melhora do emprego

Enquanto isso, o Fed disse que os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas têm diminuído


	FED: enquanto isso, o Fed disse que os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas têm diminuído
 (Kevin Lamarque / Reuters)

FED: enquanto isso, o Fed disse que os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas têm diminuído (Kevin Lamarque / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 15h56.

São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) indicou nesta quarta-feira que o mercado de trabalho melhorou e que a atividade econômica vem se expandindo a uma taxa moderada.

"Os ganhos de emprego foram fortes em junho após um crescimento fraco em maio. Em equilíbrio, as folhas de pagamento e outros indicadores do mercado de trabalho apontam para algum aumento na utilização do trabalho nos últimos meses", destacou o Fed em comunicado.

Enquanto isso, o Fed disse que os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas têm diminuído.

O Banco Central anunciou hoje que manteve a taxa dos fed funds na faixa de 0,25% a 0,50% e a taxa de redesconto em 1,00%, em uma decisão em linha com as expectativas.

Uma dirigente, Esther George, votou por uma elevação na taxa, no único voto contrário à decisão da maioria.

Segundo a instituição monetária, a despesa das famílias têm crescido fortemente, mas os investimentos fixos das empresas têm sido suave.

Diante disso, o Fed disse que a inflação continuou abaixo do objetivo de 2% no longo prazo do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), refletindo em parte quedas anteriores dos preços de energia e dos preços das importações.

O Comitê espera atualmente que, com ajustes graduais na orientação da política monetária, a atividade econômica se expanda em um ritmo moderado e que os indicadores do mercado de trabalho se fortaleçam.

A inflação deverá manter-se baixa no curto prazo, em parte por causa de declínios anteriores dos preços de energia, mas deve atingir os 2% no médio prazo, uma vez que os efeitos transitórios de quedas anteriores dos preços do petróleo e de importação se dissiparam e o mercado de trabalho fortaleceu ainda mais.

"A Comissão continua a acompanhar de perto os indicadores de inflação e os desenvolvimentos econômicos e financeiros globais", apontou o comunicado.

Ao determinar o momento e o tamanho de futuros ajustes para a faixa da meta para a taxa de juros, o Fomc irá avaliar as condições econômicas atuais e estimadas relativas aos seus objetivos de taxa de emprego máximo e inflação de 2%.

Essa avaliação levará em conta uma vasta gama de informações, incluindo medidas nas condições do mercado de trabalho, indicadores de pressão na inflação e expectativas de inflação, além de leituras de desenvolvimentos financeiros e internacionais.

À luz da atual queda na inflação de 2%, o Fomc irá monitorar com cuidado os progressos atuais e esperados em direção a sua meta de inflação.

O Fomc estima que as condições irão evoluir de uma maneira que irá garantir apenas aumentos graduais na taxa de juros; a taxa de juros deve provavelmente permanecer, por algum tempo, abaixo dos níveis esperados que deverão prevalecer no longo prazo.

Entretanto, o atual percurso dos Fed Funds irá depender da perspectiva econômica, como informado pelos dados econômicos já divulgados.

Na votação da medida de política monetária do Fomc votaram a favor: Janet L. Yellen, presidente do Federal Reserve; William C. Dudley, vice-presidente do Fed; Lael Brainard; James Bullard; Stanley Fischer; Loretta J. Mester; Jerome H. Powell; Eric Rosengren; and Daniel K. Tarullo.

Votou contra a decisão Esther L. George, que preferia nesta reunião elevar a taxa de juros entre 0,50% e 0,75%.

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