Economia

Em retaliação, China anuncia tarifas de US$ 75 bi em produtos americanos

No início de agosto, o governo americano anunciou novas tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em bens chineses

EUA-China: as novas tarifas chinesas serão aplicadas a partir de 1º de setembro e 15 de dezembro (Kevin Lamarque/Reuters)

EUA-China: as novas tarifas chinesas serão aplicadas a partir de 1º de setembro e 15 de dezembro (Kevin Lamarque/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 10h25.

Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 10h46.

Pequim — A China divulgou nesta sexta-feira tarifas de retaliação sobre cerca de 75 bilhões de dólares em mercadorias norte-americanas, adicionando mais 10% de tarifas sobre as já existentes, marcando a mais recente escalada de uma longa guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A mais recente investida chinesa vem depois que os Estados Unidos anunciaram tarifas sobre mais 300 bilhões de dólares em produtos chineses, incluindo eletrônicos, programadas para entrarem em vigor em duas etapas, em 1º de setembro e 15 de dezembro.

O Ministério do Comércio da China informou em comunicado que adotará tarifas adicionais de 5% ou 10% sobre um total de 5.078 produtos originários dos Estados Unidos, que incluem produtos agrícolas, petróleo e aviões de pequeno porte.

A China anunciou que também vai retomar planos de impor tarifas sobre automóveis e autopeças importados dos Estados Unidos a partir de 15 de dezembro. As tarifas serão de 25% e de 5%, respectivamente.

"A decisão da China de implementar tarifas adicionais foi forçada pelo unilateralismo e protecionismo dos EUA", disse o ministério chinês em comunicado, acrescentando que suas tarifas de retaliação também entrarão em vigor em dois estágios, em 1º de setembro e 15 de dezembro.

O assessor de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, disse à Fox Business News separadamente que as negociações comerciais com a China ainda serão feitas a portas fechadas.

O gabinete do representante de Comércio dos EUA não fez comentários imediatos sobre o anúncio das tarifas da China.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Guerras comerciaisTarifas

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo