Economia

Em resposta aos EUA, Draghi diz que BCE não manipula divisas

Na semana passada, o titular do Conselho Nacional de Comércio criado por Trump, Peter Navarro, considerou que o euro está muito abaixo de seu valor

Mario Draghi: política monetária do BCE "reflete as diversas posições no ciclo da zona do euro e dos Estados Unidos" (Boris Roessler/AFP)

Mario Draghi: política monetária do BCE "reflete as diversas posições no ciclo da zona do euro e dos Estados Unidos" (Boris Roessler/AFP)

E

EFE

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 14h15.

Bruxelas - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, defendeu nesta segunda-feira que nem a entidade que ele preside nem Alemanha "são manipuladores de divisas", em referência aos comentários do novo governo americano sobre a desvalorização do euro e o benefício que Berlim tiraria disso.

"Não somos manipuladores de divisas", disse Draghi após ser perguntado sobre o tema durante um comparecimento na Eurocâmara.

O presidente do BCE lembrou que, de acordo com um relatório elaborado pelo próprio Tesouro Americano em outubro do ano passado, a "Alemanha não estava empreendendo uma intervenção unilateral no mercado de divisas".

Ressaltou também que esta avaliação confirmou que "o BCE não intervém no mercado de divisas desde 2011", quando o fez em acordo com seus parceiros internacionais.

Draghi defendeu que a política monetária do BCE "reflete as diversas posições no ciclo da zona do euro e dos Estados Unidos".

Na semana passada, o titular do Conselho Nacional de Comércio criado por Trump, Peter Navarro, considerou que o euro está muito abaixo de seu valor, o que acredita beneficiar a Alemanha frente a seus parceiros europeus e aos EUA.

Tais comentários se somam a outros anteriores do próprio Trump, nos quais sustentava que o dólar estava "forte demais".

Acompanhe tudo sobre:BCEEstados Unidos (EUA)Euro

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade