Economia

Em resposta a Trump, R. Unido diz que pode fechar acordo comercial com EUA

Donald Trump disse ontem (26) que é preciso verificar o pacto do Brexit, porque os britânicos podem não ser capazes de negociar após a saída do bloco comum

Theresa May: o governo britânico afirmou que está trabalhando para garantir a transição dos acordos comerciais que a UE assinou com outros países (Rebecca Naden/Reuters)

Theresa May: o governo britânico afirmou que está trabalhando para garantir a transição dos acordos comerciais que a UE assinou com outros países (Rebecca Naden/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 12h02.

São Paulo - O governo do Reino Unido disse nesta terça-feira que possui toda capacidade de fechar um acordo comercial com os EUA quando o país deixar a União Europeia e que está preparando "as bases para um acordo ambicioso com os EUA através de nossos grupos de trabalho conjuntos, que se reuniram cinco vezes até agora".

A resposta, que veio por meio de um comunicado, foi elaborada depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que é preciso verificar os pormenores do pacto firmado pelo país com a União Europeia (UE), porque os britânicos "podem não ser capazes de negociar conosco" após a saída do bloco comum.

De acordo com o governo britânico, a declaração política com "a qual concordamos com a UE é muito clara de que teremos uma política comercial independente para que o Reino Unido possa assinar acordos comerciais com países do mundo todo - inclusive com os EUA".

O governo britânico afirmou ainda que está trabalhando arduamente para garantir a transição dos acordos comerciais que a UE assinou com outros países, como o Canadá e o Japão.

"Depois que deixarmos a UE em março do próximo ano, ocuparemos nosso assento independente na OMC [Organização Mundial do Comércio], onde desempenharemos um papel ativo nas negociações e seremos fortes defensores do sistema de comércio global baseado em regras", afirmou o governo do Reino Unido.

Acompanhe tudo sobre:BrexitEstados Unidos (EUA)Reino UnidoTheresa May

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto