Economia

Em resposta a Trump, latinos exercem influência econômica

O poder de compra dos latinos nos Estados Unidos vai alcançar 1,5 trilhão de dólares este ano, um aumento de 50 por cento em relação a 2010


	Donald Trump: o poder de compra dos latinos nos Estados Unidos vai alcançar 1,5 trilhão de dólares este ano
 (Getty Images)

Donald Trump: o poder de compra dos latinos nos Estados Unidos vai alcançar 1,5 trilhão de dólares este ano (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 12h14.

Nova York/Chicago - Quando Donald Trump descreveu no mês passado os imigrantes mexicanos como estupradores e traficantes de drogas, os latinos foram às mídias sociais para expressar sua indignação e apelar para que empresas cortassem os laços com o bilionário postulante à candidatura presidencial pelo Partido Republicano.

Em pouco tempo, mais de dez organizações cancelaram seus negócios com Trump, o que ativistas latinos estão definindo como um reconhecimento sem precedentes de sua influência econômica.

O poder de compra dos latinos nos Estados Unidos vai alcançar 1,5 trilhão de dólares este ano, um aumento de 50 por cento em relação a 2010, de acordo com a Nielsen Co, que analisa as tendências de gastos dos consumidores.

Com idade média de 27 anos, a população hispânica é uma década mais jovem que a média nos EUA e está apenas entrando no auge de seu poder aquisitivo, disseram os pesquisadores de mercado.

"A geração de latinos do milênio tem poder de compra e não vai tolerar os comentários de Trump", disse Luis Fitch, um mexicano-norte-americano, cofundador da UNO Branding, uma consultoria de marketing em Minneapolis.

"As corporações entendem os números, elas não querem arriscar isso." Os hispânicos com menos de 30 anos constituem o maior grupo em uma petição contra Donald Trump enviada à Macy Inc MN, com mais de 730 mil assinaturas, de acordo com Angelo Carusone, organizador do abaixo-assinado, do grupo liberal Moveon.org.

Trump manteve a sua posição de que muitos imigrantes ilegais vindos do outro lado da fronteira com o México são criminosos, mas afirmou que algumas de suas críticas foram distorcidas.

"Muitas pessoas fabulosas vêm do México e nosso país é melhor por isso", afirmou Trump na segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesDonald TrumpDrogasEmpresáriosPartido Republicano (EUA)

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo