Sobre o futuro político de Pacheco, também se especula a possibilidade de uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 21 de dezembro de 2024 às 10h51.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), usou o último dia antes do recesso para fazer um balanço dos quatro anos que ficou à frente da Casa. Em entrevista em tom de despedida, uma vez que na volta dos trabalhos legislativos uma nova mesa diretora será eleita, Pacheco negou ter planos de assumir um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— Essa definição não existe, eu tenho que concluir meu mandato como presidente do Senado, fazer a eleição da mesa. Por agora a definição é continuar no meu gabinete, servir meu estado, Minas Gerais, e o povo brasileiro — afirmou, durante coletiva.
Nos bastidores da política, o nome do presidente do Senado vinha sendo ventilado para compor a Esplanada do Ministério. A avaliação de articuladores é de que um cargo não eletivo poderia contribuir positivamente para o futuro do político, que somou desgastes com o bolsonarismo ao adotar uma postura de diálogo com o Palácio do Planalto.
Sobre o futuro político de Pacheco, também se especula a possibilidade de uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou a outro órgão ligado ao Judiciário, uma vez que Pacheco iniciou sua carreira enquanto jurista.
Em seu partido, o PSD, interlocutores ainda nutrem a esperança de que ele queira disputar o governo de Minas Gerais. Publicamente, o senador já afirmou não ter pretensões políticas após encerrar seu mandato.
— Tenho uma tendência muito mais forte em encerrar minha vida pública em 2027, do que ser candidato em 2026. Quanto a seguir carreira jurídica, eu gosto muito da minha profissão (advogado), mas não está no horizonte também a ocupação de vagas em tribunais. A gente não trabalha por isso. Se vem um convite, tem convite que dificilmente se recusa, mas não há uma campanha pra isso. Minha tendência, de fato, é o encerramento do meu mandato — disse, no final de novembro.
Nesta seara partidária, o nome do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também é cotado. Silveira tem dito que sua prioridade é trabalhar pelo nome de Pacheco, mas não esconde a aliados que gostaria de ser governador.