Eliseu Padilha: "Ontem, já deixamos claro que o presidente não vê a hipótese de aumento de imposto. Vamos reduzir vantagem fiscal" (Evaristo Sa/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de maio de 2018 às 16h09.
Brasília - O ministro chefe da Casa Civil, afirmou nesta terça-feira, 29, que está afastada a hipótese de aumento de impostos, para que haja uma compensação das desonerações feitas pelo governo para atender aos pleitos dos caminhoneiros.
Padilha ponderou que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ao explicar as medidas ontem, não teria falado em aumento de impostos, mas em alternativas, entre elas, aumento de imposto.
"Ontem, já deixamos claro que o presidente não vê a hipótese de aumento de imposto. Vamos reduzir vantagem fiscal", disse Padilha em coletiva no Palácio do Planalto.
Ele lembrou que o Ministério da Fazenda trabalha com um impacto fiscal de R$ 13,4 bilhões das medidas anunciadas pelo governo, que terá de ser compensado com várias fontes.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, destacou que ontem o Senado aprovou medidas provisórias que trancavam a pauta da Casa e aprovou o regime de urgência para votação do projeto de lei que trata da reoneração, que é uma das fontes de recursos para cobrir essa desoneração.
"Nossa expectativa é que hoje ainda seja votado (o projeto da reoneração pelo Senado)", lembrando que é a única medida que depende do Congresso no momento para que o governo possa efetivar o desconto na bomba no preço do óleo diesel. Somente depois que o Congresso concluir a votação da reoneração é que o governo poderá publicar o decreto que irá reduzir a zero a Cide sobre o diesel.