Economia

Eletrobras vai investir R$ 200 bi até 2035 se for privatizada, diz CEO

Nas mãos do estado, capacidade de investimento cai pela metade, diz Rodrigo Limp, CEO da empresa, em evento online nesta terça

Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras: empresa deve investir R$ 200 bilhões até 2035 se for privatizada (Pedro França/Agência Senado)

Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras: empresa deve investir R$ 200 bilhões até 2035 se for privatizada (Pedro França/Agência Senado)

CA

Carla Aranha

Publicado em 25 de maio de 2021 às 16h35.

Última atualização em 25 de maio de 2021 às 20h59.

O planejamento estratégico da Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, prevê investimentos de ordem de 200 bilhões de reais até 2035, caso a privatização deslanche. No cenário atual, a companhia teria condições de investira apenas a metade desse valor, segundo Rodrigo Limp, CEO da Eletrobras.

"Há uma expectativa muito positiva em relação à aprovação da medida provisória que permite a capitalização da companhia, em tramitação no Senado", afirmou Limp durante a 22ª edição do CEO Confere Brasil, evento promovido pelo banco BTG Pactual nesta terça, 25.

"A Eletrobras chegou a uma relação dívida e Ebtida de 1,4, mas ainda precisamos aumentar a capacidade de investimento", disse. "Também precisamos avançar nas concessões e nas privatizações, como das distribuidoras de energia".

Também participaram do painel, que tratou do tema "Explosão da Infraestrutura no Brasil: Privatizações e Concessões", Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Marco Cauduro, CEO da CCR. 

"Em termos de oportunidades, para a CCR o setor de rodovias é prioritário. Há um grande volume de projetos, com a previsão de publicação do edital da Nova Dutra e do bloco Paraná", afirmou Cauduro. "Isso, sem falar na sétima rodada dos leilões de aeroportos, com o Santos Dumont e Congonhas".

Montezano destacou a necessidade de desenvolver o mercado de financiamento de projetos de infraestrutura. "O BNDES e o setor privado podem incentivar esse segmento", disse. "Hoje, o banco tem o maior conjunto de projetos do mundo, do ponto de vista financeiro".

O CEO Conference Brasil contou com a presença nesta manhã do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. No fim da tarde, será a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Os paineis hoje e amanhã incluem discussões com alguns dos maiores nomes do país e do mundo em áreas como economia, mercado e setor financeiro, tecnologia, saúde, agronegócio e carreira.

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