Peru: o PIB peruano em 2016 foi de 3,9% (Sebastian Castaneda/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de julho de 2017 às 21h50.
Lima - O Produto Interno Bruto (PIB) do Peru crescerá neste ano 3%, afetado pelos efeitos do fenômeno El Niño costeiro e pelo escândalo de corrupção da Lava Jato, quase um ponto percentual a menos do que em 2016, afirmou o presidente Pedro Pablo Kuczynski ao fazer um balanço de seu primeiro ano no cargo.
"O crescimento de 2017 poderia ter sido de 4%, mas estamos abaixo de 3% por causa da emergência nacional gerada pelas inundações provocadas pelo fenômeno El Niño com mais de 1 milhão de afetados", afirmou o presidente em discurso realizado hoje.
Além do fenômeno climático, o presidente também citou os escândalos revelados pela Lava Jato e as propinas pagas pela construtora Odebrecht a vários funcionários e autoridades locais entre 2005 e 2014.
O ex-presidente Ollanta Humala, que governou o país entre 2011 e 2016, foi preso preventivamente por envolvimento no caso, acusado de lavagem de dinheiro. Há também uma ordem de detenção similar para Alejandro Toledo, presidente do Peru entre 2001 e 2006.
Kuczynski disse que os escândalos paralisaram grandes projetos de investimento, como o Gasoduto do Sul, que foi vencido por um consórcio integrado pela Odebrecht no governo de Humala, e também a Linha 2 do metrô de Lima, capital do país.
"Tudo isso teve um impacto muito forte na economia e também no emprego", afirmou o presidente.
O PIB peruano em 2016 foi de 3,9%. A expectativa inicial para este ano era de superar os 4%. No entanto, as últimas projeções oficiais situam o índice em crescimento abaixo de 3%.
"Se pensamos que o El Niño não retornará por um tempo e que os piores efeitos da Lava Jato já passaram, teremos dois pontos percentuais de crescimento do PIB que ainda vêm. Portanto, temos possibilidade de melhorar", disse Kuczynski.