Economia

Egito oscila à beira de negócio com FMI

Programa do FMI poderia ajudar a estabilizar a economia do Egito na transição para a democracia desde a derrubada em 2011 do presidente Hosni Mubarak


	Diplomatas e políticos dizem que o presidente islâmico Mohamed Mursi tem ainda de aprovar os aumentos de impostos e cortes de subsídios que o levaram a suspender um acordo com o FMI dezembro
 (REUTERS / Ahmed Jadallah)

Diplomatas e políticos dizem que o presidente islâmico Mohamed Mursi tem ainda de aprovar os aumentos de impostos e cortes de subsídios que o levaram a suspender um acordo com o FMI dezembro (REUTERS / Ahmed Jadallah)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2013 às 10h43.

Cairo - O Egito está perto de um acordo de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares que poderá ajudá-lo a combater o agravamento de uma crise econômica, mas ainda se assusta com as condições para o acordo, dissem diplomatas.

Um programa do FMI poderia ajudar a estabilizar a economia do Egito na transição para a democracia desde a derrubada em 2011 do presidente Hosni Mubarak, desbloqueando até 15 bilhões de dólares em ajuda e investimentos para melhorar o sombrio clima de negócios.

Mas diplomatas e políticos dizem que o presidente islâmico Mohamed Mursi tem ainda de aprovar os aumentos de impostos e cortes de subsídios que o levaram a suspender um acordo com o FMI dezembro, duas semanas após ter sido acordado em princípio.

"A missão disse que está esperando até agora o governo apresentar algumas das medidas relacionadas à reforma do sistema econômico, e que ainda está em diálogo com o governo para se familiarizar", disse à Reuters Abdullah Badran, de um partido islâmico linha-dura, após reunião com os negociadores do FMI.

A economia do Egito se deteriorou significativamente. Turismo e investimentos se retraíram devido à turbulência política no país mais populoso do mundo árabe, onde 40 por cento dos 84 milhões de cidadãos vivem com menos de 2 dólares por dia.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrises em empresasEgitoFMI

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo