Economia

Efeito da parada de Belo Monte é desconhecido, diz Aneel

Segundo a agência, ainda não é possível saber se as paralisações atrasarão a entrada em funcionamento do empreendimento


	Belo Monte: a justiça determinou na última sexta-feira (25) nova paralisação das obras da usina por ilegalidade no licenciamento
 (© Daniel Beltrá / Greenpeace)

Belo Monte: a justiça determinou na última sexta-feira (25) nova paralisação das obras da usina por ilegalidade no licenciamento (© Daniel Beltrá / Greenpeace)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 10h30.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira, 29, que ainda não é possível saber se as paralisações das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, atrasarão a entrada em funcionamento do empreendimento, como ocorreu no caso da Usina de Jirau.

Ainda assim, disse ele, a agência reguladora enviou à Norte Energia - empresa responsável pela construção e operação da usina - um ofício indagando se seus dirigentes estimam alguma postergação no início do fornecimento de energia pela usina.

"Precisamos saber se já caracteriza um atraso para calibrar o prazo de entrada em funcionamento da linha de transmissão de Xingu-Estreito, cujo edital de leilão deve ser aprovado dentro de um mês", disse.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, determinou na última sexta-feira, 25, nova paralisação das obras da usina por ilegalidade no licenciamento. O desembargador Antonio Souza Prudente anulou o licenciamento ambiental e o das obras de execução do empreendimento até o efetivo e integral cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença prévia.

Com isso, ficam sem efeito as licenças de instalação e as autorizações de supressão de vegetação já emitidas ou que venham a ser emitidas antes do cumprimento das condicionantes. Na mesma decisão, o tribunal desautorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fazer repasses financeiros à hidrelétrica antes do cumprimento de condicionante social e ambiental.

Desde o início da obra, em junho de 2011, o empreendimento já enfrentou várias paralisações, ora por causa de manifestações - indígenas, trabalhistas e de ambientalistas - ora por ordem judicial, contabilizando cerca de 100 dias de paralisações. Com essa, já ocorreram 15 paralisações da obra.

Acompanhe tudo sobre:AneelBelo MonteEnergia elétricaHidrelétricasUsinas

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1