Na semana passada, contratos de juros futuros mais longos chegaram a recuar depois que dados indicando deflação alimentaram especulação de que BC conduza aperto monetário menos agressivo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 09h50.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras realizaram pequenos ajustes em suas expectativas econômicas para este ano e o próximo, e veem agora a Selic encerrando 2014 a 9,25 por cento, ante 9,38 por cento anteriormente, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira.
Para 2013, os economistas consultados mantiveram a projeção de que a taxa básica de juros encerrará a 9,25 por cento. E depois de o BC ter elevado a Selic para 8,5 por cento, a expectativa para a reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom) é de manutenção do ritmo de aperto com nova alta de 0,5 ponto percentual, repetindo previsão da semana anterior.
Na semana passada, os contratos de juros futuros mais longos chegaram a recuar depois que dados indicando deflação e economia frágil alimentaram a especulação de que o BC conduza um aperto monetário menos agressivo no ano que vem.
Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, aponta que a estimativa para a Selic é de 9,50 por cento tanto para este ano quanto para 2014, inalterado ante a semana anterior.
Crescimento e inflação
Depois de 10 semanas de queda, os economistas deixaram inalterada a expectativa para o crescimento da economia neste ano, mesmo diante de novos sinais de falta de confiança no país.
Assim, a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 ficou em 2,28 por cento. Para 2014 a projeção também foi mantida, em 2,60 por cento.
Dados divulgados na semana passada mostraram que a confiança do consumidor atingiu em julho o menor nível desde maio de 2009, com recuo de 4,1 por cento, devido à baixa satisfação com a atual situação econômica do país. Já a confiança da indústria nesta segunda-feira mostrou queda de 4,0 por cento, para o menor nível desde julho de 2009.
O Focus também mostrou que não houve alteração na projeção para a inflação em 2013, permanecendo em 5,75 por cento. Para 2014, a expectativa foi ligeiramente ajustada a 5,88 por cento, ante 5,87 por cento.
Por outro lado, a projeção para o IPCA em 12 meses foi elevada pela quarta semana seguida, a 5,83 por cento, ante 5,78 por cento na semana anterior.
O Focus mostrou ainda que os economistas elevaram ligeiramente a expectativa para o dólar no final deste ano a 2,25 reais, ante 2,24 reais anteriormente.