Economia

Economistas mantém projeções para inflação e Selic em 2015

Banco Central projetou que os preços continuarão em alta e indicado que o ciclo de aperto monetário pode não ser tão forte


	Economia: projeção para o IPCA em 2015 permaneceu em alta de 6,50 por cento
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Economia: projeção para o IPCA em 2015 permaneceu em alta de 6,50 por cento (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 08h16.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras deixaram inalteradas as perspectivas para a inflação e a Selic no próximo ano, após o Banco Central ter projetado que os preços continuarão em alta e indicado que o ciclo de aperto monetário pode não ser tão forte, mas elevaram a projeção para a taxa de câmbio.

Pesquisa Focus, realizada pelo BC junto às instituições financeiras, divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para o IPCA em 2015 permaneceu em alta de 6,50 por cento. Para este ano o índice oficial também não sofreu alteração, projetado em 6,38 por cento.

Assim, para 2014 a projeção permanece dentro da meta --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos, enquanto para 2015 fica exatamente no limite do objetivo. Na sexta-feira o IBGE divulga os números de dezembro do IPCA-15, prévia da inflação oficial.

Na ata da reunião em que o Comitê de Política Monetária (Copom) acelerou o ritmo e elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,75 por cento, o BC disse que vê a inflação brasileira subindo no curto prazo e seguindo em alta em 2015.

Mas destacou que ainda no próximo ano ela inicia um "longo período de declínio", indicando que o atual ciclo de aperto monetário pode não ser tão forte quanto os vistos anteriormente.

No Focus, os especialistas consultados projetam que a taxa básica de juros terminará o próximo ano a 12,50 por cento, sem alteração ante o levantamento anterior. A primeira elevação ocorre em janeiro, com 0,25 ponto percentual, na visão deles.

O BC voltou a falar na ata que os efeitos cumulativos e defasados da política monetária sustentam a visão de que o "esforço adicional" deve ser feito com "parcimônia".

Sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a expectativa dos economistas caiu pela quarta vez seguida, em 0,02 ponto percentual, a 0,16 por cento. Para 2015 a estimativa é de expansão de 0,69 por cento, 0,04 ponto percentual a menos, terceira queda seguida.

O BC divulgou nesta manhã que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,26 por cento em outubro na comparação com setembro, num resultado inesperado, após alta de 0,26 por cento em setembro.

Já a projeção para a balança comercial em 2014 no Focus passou para um déficit de 1,60 bilhão de dólares, contra zero na semana anterior. Se confirmado, será o primeiro saldo anual negativo desde 2000.

Por sua vez a perspectiva para o dólar subiu tanto para este ano quanto para o próximo, respectivamente a 2,60 e 2,72 reais, contra 2,55 e 2,70 reais.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto