Economia

Economistas mantêm projeção da Selic em 6,50%, aponta Focus

Pesquisa mostrou ainda que o mercado manteve sua estimativa de alta do IPCA em 4,11 e 4,10 por cento em 2018 e 2019

Mercado manteve sua projeção de que a Selic não será mexida tão cedo pelo Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mercado manteve sua projeção de que a Selic não será mexida tão cedo pelo Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 09h46.

São Paulo - O mercado manteve sua projeção de que a Selic não será mexida tão cedo pelo Banco Central, em meio ao cenário de inflação e atividade econômica fracas, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento semanal, os economistas consultados mantiveram as previsões de que a taxa básica de juros será mantida na mínima histórica de 6,50 por cento até o final deste ano, subindo a 8 por cento em 2019.

O BC manteve a Selic em 6,50 por cento ao ano na semana passada, ressaltando que a retomada da atividade econômica será ainda mais gradual do que a esperada antes da greve dos caminhoneiros, num cenário de menor pressão inflacionária que pavimenta o caminho para os juros continuarem em seu menor nível histórico à frente.

Sobre a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio, o BC assinalou que os efeitos que elevaram a inflação de junho "devem ser temporários".

O Focus mostrou ainda que o mercado manteve sua estimativa de alta do IPCA em 4,11 e 4,10 por cento em 2018 e 2019, respectivamente, ambas abaixo do centro da meta, de 4,25 por cento. Para 2020, as contas também continuaram em 4 por cento mas, para 2021, houve uma diminuição das projeções a 3,93 por cento, ante 4 por cento na semana anterior.

Para 2020 e 2021, a meta de inflação do governo é de 4,0 e 3,75 por cento pelo IPCA. Em todas elas, a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual.

O cenário de inflação baixa vem junto com o de economia com menos ímpeto. Segundo o Focus, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano continuaram em 1,50 por cento, depois de terem chegado a 3 por cento alguns meses atrás. Para 2019, a estimativa é de expansão de 2,50 por cento, também inalterada.

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