BNDES: Maria Sílvia presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2016 às 20h16.
Última atualização em 26 de maio de 2017 às 17h02.
O economista Cláudio Consídera, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), considerou “fantástica” a indicação de Maria Sílvia Bastos Marques para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciada hoje (16) pela assessoria do Palácio do Planalto. Mas há opiniões divergentes a respeito da competência dela para o cargo.
“É melhor que a encomenda”, comemorou Consídera. Para ele, Maria Sílvia é uma executiva “tarimbada, vai ser ótimo para o BNDES. E tem a vantagem de ser mulher”.
Maria Sílvia presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro, foi diretora do próprio BNDES e secretária de Finanças da prefeitura carioca, entre outros cargos que exerceu em sua vida profissional.
“Tem um currículo longo. Foi uma grande escolha”, reforçou Consídera.
Já o vice-diretor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renaut Michel, apesar de reconhecer que Maria Sílvia é uma “pessoa muito competente”, disse não saber se é adequada para presidir um banco de desenvolvimento.
Considera que ela é habilitada para muitos cargos na área da economia, “como excelente economista”, mas, para a área de desenvolvimento, ele prefere esperar um pouco mais para dar uma opinião mais profunda.
O professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi categórico: “É um desastre”.
Referiu-se não só à indicação de Maria Sílvia como a todas as ações tomadas pelo governo interino de Michel Temer. “Tudo é um desastre. Não só o BNDES”.