Pequim cancela festa do Ano Novo Lunar para evitar disseminação do coronavírus (Qilai She/Bloomberg)
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 06h23.
O surto do coronavírus e as medidas da China para impedir a propagação da doença devem resultar em crescimento econômico mais fraco do que se pensava neste trimestre, segundo economistas.
Goldman Sachs, UBS e Macquarie estão entre os bancos que cortaram as previsões de crescimento tanto para o primeiro trimestre quanto para 2020, enquanto outros esperam choques concretos contra o PIB.
Refletindo a piora da situação, Jian Chang, do Barclays Bank, agora projeta um cenário que eliminaria 2,2 pontos percentuais da expansão no primeiro trimestre, uma estimativa mais pessimista em relação à sua avaliação de 22 de janeiro de que o impacto seria “transitório” e limitado a certos setores.
Empresa | Data do relatório | 1T - revisado | 1T - anterior | 2020 - revisado | 2020 - anterior | Comentários |
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Oxford Economics | 3 de fevereiro | Corte superior a 2 pontos percentuais | 6% | 5,4% | 6% | Alto impacto econômico, mas de curta duração |
Macquarie | 3 de fevereiro | 4% | 5,8% | 5,6% | 5,9% | “Piora antes de melhorar” |
UBS | 3 de fevereiro | 3,8% | 5,9% | 5,4% | 6% | Previsão com viés para risco de desaceleração |
Bloomberg Economics | 31 de janeiro | 4,5% | 5,9% | 5,7% | 5,9% | Maior impacto se o vírus se propagar até 2T |
Standard Chartered | 31 de janeiro | 4,5% | 6% | 5,8% | 6,1% | Infecção sob controle antes do que a SARS |
Goldman Sachs | 31 de janeiro | 4% | 5,6% | 5,5% | 5,9% | Expectativa de estímulo intensivo da dívida |
Citi | 29 de janeiro | 4,8% | 5,9% | 5,5% | 5,8% | Intervenção política “fundamental” |
Nomura | 29 de janeiro | Queda significativa em relação aos 6% no 4T 2019 | 5,8% | - | 5,7% | Impacto “mais forte do que a SARS” |