Porém, em janeiro, como tradicionalmente ocorre, os gastos com os reajustes das mensalidades escolares devem pressionar o orçamento doméstico (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 12h34.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), acredita que o ritmo de inflação em 2012 irá cair em comparação ao de 2011. No entanto, ele observa que neste começo do ano, como tradicionalmente ocorre, os gastos com os reajustes das mensalidades escolares vão pressionar o orçamento doméstico.
A previsão dele para o ano é que a taxa fique em 5,2%, praticamente o mesmo patamar previsto por analistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 5,22%, segundo o boletim Focus do Banco Central. A projeção para o IPC-S está abaixo da variação estimada pelos analistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 5,32%.
Em 2011, o IPC-S encerrou o ano com alta de 6,36%, resultado acima do registrado em 2010 (6,24%). De acordo com Picchetti, essa variação ficou dentro do esperado. O economista explicou que, ao longo do ano, a velocidade da inflação foi impulsionada mais pelos preços administrados e serviços do que pelos alimentos, que sempre têm maior peso na composição do índice.
Para janeiro, ele prevê uma alta de 1,2% no IPC-S. “Em janeiro, além do peso das novas mensalidades escolares, temos a incorporação dos gastos com IPVA [Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores] e IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano] e este ano não vai ser diferente”, destacou Picchetti.