Gandra: "Temos as duas principais questões trabalhistas no Supremo, que é a negociação coletiva e a terceirização" (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2016 às 15h33.
São Paulo - O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, disse que a reforma trabalhista é urgente e que a economia do País não suportaria esperar as mudanças até o segundo semestre de 2017.
Na edição do Fóruns Estadão Brasil Competitivo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou que o governo federal decidiu enviar a modernização trabalhista na segunda metade do ano que vem.
"Acho que a economia não suportaria. Tenho impressão que não é necessária uma ampla reforma de toda a legislação, basta que se prestigie mais a negociação coletiva", disse o ministro, durante entrevista concedida à imprensa antes de começar sua palestra no evento.
Ao abrir seu discurso do Fórum, ele repetiu o argumento.
Gandra disse que segue a afirmação dada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na segunda-feira, 19, quando disse que os projetos em tramitação no Congresso e os processos a serem julgados na Justiça já são a base para a reforma trabalhista.
"Temos as duas principais questões trabalhistas no Supremo, que é a negociação coletiva e a terceirização", disse o presidente do TST.
Para ele, o Supremo Tribunal Federal daria um ambiente jurídico mais claro ao julgar os processos sobre terceirização e já deu sinalizações a cerca da negociação coletiva.
"Há quem diga que essas sinalizações ainda dão margem à discussão. Eu tenho visão diferente, a sinalização (do Supremo) é clara", afirmou.