Economia

Economia motiva aumento da desaprovação a Dilma, diz CNI

O descontentamento com a inflação começa a superar o de áreas como segurança, educação e saúde


	Dilma: a desaprovação a ações contra a inflação cresceu de 69%, em dezembro, para 84%
 (Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)

Dilma: a desaprovação a ações contra a inflação cresceu de 69%, em dezembro, para 84% (Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 14h22.

Brasília - As ações do governo Dilma Rousseff na área econômica foram o principal componente para o aumento da desaprovação à gestão da petista, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Levantamento contratado pela entidade ao Ibope mostrou que o nível de confiança em Dilma estava em 24% em março, o mais baixo para um primeiro ano de mandato de um presidente desde 1999.

"O que estamos percebendo é insatisfação da população com a área econômica", afirmou o gerente-executivo de pesquisa e competitividade da entidade, Renato da Fonseca.

Segundo ele, o descontentamento com a inflação começa a superar o de áreas como segurança, educação e saúde.

Fonseca disse que há uma "homogeneidade" na opinião da sociedade em relação ao governo, independente da classe social.

A desaprovação à gestão Dilma cresceu tanto entre eleitores do candidato derrotado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), como entre eleitores da presidente. 

E entre os mais jovens, há uma rejeição maior. A pesquisa mostrou que apenas 12% dos brasileiros consideram o governo Dilma 'bom ou ótimo'.

As ações do governo para combater a inflação são aprovadas por apenas 13% dos brasileiros. Em dezembro, a aprovação era de 27%.

A desaprovação a ações contra a inflação cresceu de 69%, em dezembro, para 84%. Outros 3% não souberam ou não quiseram responder.

A aprovação a ações de combate ao desemprego caiu de 42% para 19%, enquanto a desaprovação saiu de 54%, em dezembro, para 79% em março.

A aprovação ao combate à pobreza também piorou, de 54% para 33%, na comparação entre os resultados de dezembro e março. A desaprovação nesta área atingiu 64% em março.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 cidades entre 21 e 25 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança de 95%.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCNI – Confederação Nacional da IndústriaDilma Rousseffeconomia-brasileiraPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto