Economia

Economia global é incerta mas estamos menos vulneráveis, diz Ilan

Presidente do Banco Central voltou a dizer que o regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa contra choques externos

Ilan Goldfajn: presidente do BC disse que a taxa de juros do país está em queda diante da ancorarem das expectativas de inflação (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: presidente do BC disse que a taxa de juros do país está em queda diante da ancorarem das expectativas de inflação (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 28 de março de 2017 às 08h56.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reafirmou que o cenário econômico mundial é incerto, mas dentro de um contexto de recuperação da atividade, e que o Brasil está menos vulnerável a choques externos.

Ilan, que participou de evento na noite passada, voltou a dizer que o "regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa contra choques externos", mas que isso mão impede o "BC de usar os instrumentos à sua disposição para evitar volatilidade excessiva no mercado de câmbio."

O presidente do BC também afirmou que as reformas, em especial a da Previdência, são importantes para a sustentabilidade da desinflação e da queda da taxa de juros estrutural da economia.

"A evidência empírica tem novamente corroborado a importância da atuação da política monetária, e da política econômica de forma geral, para o controle da inflação", afirmou ele, segundo texto publicado pelo BC.

Ilan disse ainda que a taxa de juros do país está em queda diante da ancorarem das expectativas de inflação, a própria inflação em queda e atividade econômica fraca.

Segundo ele, "a economia tem mostrado sinais mistos, mas compatíveis com a estabilização da economia no curto prazo", e acrescentou: "a evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017, mas que pode ser mais (ou menos) demorada do que a antecipada".

O BC deu início ao atual processo de afrouxamento monetário em outubro passado, que já levou a Selic ao atual patamar de 12,25 por cento, depois de dois cortes seguidos de 0,25 ponto percentual cada e mais dois de 0,75 ponto.

"Não só as expectativas, mas também as previsões de inflação do Banco Central, têm recuado de forma relevante para em torno da meta de 4,5 por cento ou ligeiramente mais baixas", afirmou Ilan.

 

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraIlan Goldfajn

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade