Economia

Economia europeia sofrerá sem trânsito livre, diz Juncker

A crise migratória expôs amargos desentendimentos entre os membros da UE e colocou a zona de viagem de passaporte livre de Schengen à beira do colapso


	Fronteiras: "Menos Schengen significa menos emprego, menos crescimento econômico"
 (Michaela Rehle / Reuters)

Fronteiras: "Menos Schengen significa menos emprego, menos crescimento econômico" (Michaela Rehle / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 09h57.

Bruxelas - Cidadãos da União Europeia (UE) terão mais dificuldade para achar emprego e a economia vai sofrer se a zona de trânsito livre interna da Europa, sem a necessidade de passaporte, entrar em colapso sob a pressão da crise migratória, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta sexta-feira.

Juncker reconheceu que não será fácil conter a forte chegada de imigrantes e refugiados, uma grande prioridade da Alemanha --a maior economia do bloco de 28 países e o principal destino daqueles que chegam.

A crise migratória, a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, expôs amargos desentendimentos entre os membros da UE e colocou a zona de viagem de passaporte livre de Schengen à beira do colapso, uma hipótese à qual Juncker alerta.

"Menos Schengen significa menos emprego, menos crescimento econômico", disse ele em entrevista à imprensa em Bruxelas. "Schengen é uma das maiores conquistas do processo de integração europeia."

"Sem Schengen, sem o movimento livre de trabalhadores, sem a liberdade dos cidadãos europeus de viajar, o euro perde o sentido... E o mesmo se aplica à ligação entre Schengen, liberdade de movimento e o mercado interno,"

"Se alguém quiser acabar com Schengen, então o que eles vão terminar fazendo é acabar com o mercado único também. E isso vai levar a problemas de desemprego na Europa."

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