Economia

Economia está sólida e pronta para crescimento, diz Mantega

Em 2014, em função de aumento de gastos e queda na arrecadação, o governo não conseguirá cumprir a meta original de superávit primário


	Ministro da Fazenda, Guido Mantega: em 2014, em função de aumento de gastos e queda na arrecadação, o governo não conseguirá cumprir a meta original de superávit primário
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Ministro da Fazenda, Guido Mantega: em 2014, em função de aumento de gastos e queda na arrecadação, o governo não conseguirá cumprir a meta original de superávit primário (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 17h33.

Brasília - No relatório Economia em Perspectiva, divulgado hoje (30) pelo Ministério da Fazenda, o ministro Guido Mantega diz que a economia do país está “sólida e, com os devidos ajustes, preparada para engatar um novo ciclo de crescimento nos próximos anos”.

O documento é um balanço do governo sobre o cenário econômico nacional.

“Nestes anos de crise, o Brasil andou em sentido oposto ao da maioria dos países avançados. Enquanto estes cortavam gastos públicos e investimentos, foi feita uma política que manteve o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos em um país] positivo e a geração de emprego e renda”, destaca Mantega, que no próximo governo Dilma será substituído por Joaquim Levy.

Em 2014, em função de aumento de gastos e queda na arrecadação, o governo não conseguirá cumprir a meta original de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de R$ 80,7 bilhões.

Por isso, houve redução da meta para R$ 10,1 bilhões. O crescimento também ficará aquém das previsões iniciais. A estimativa atual de crescimento para o PIB do país este ano é 0,2%

No relatório, o Ministério da Fazenda atribui o baixo crescimento da economia este ano a fatores como a crise econômica internacional, a Copa do Mundo e o impacto da estiagem nos preços dos alimentos. A pasta destacou que a elevação de juros para conter a pressão inflacionária desacelera o crédito.

“De um lado, o país vem experimentando uma das mais severas secas da história recente, com efeitos inflacionários sobre os preços dos alimentos e energia. A autoridade monetária realizou ajustes na política financeira, com elevação das taxas de juros, o que acabou por contribuir para reduzir a velocidade de crescimento do crédito doméstico.

Ao mesmo tempo, houve uma piora nos índices de confiança dos consumidores e empresários com a proximidade das eleições presidenciais. A Copa do Mundo também afetou negativamente a atividade econômica, ao reduzir o número de dias úteis”, diz o documento.

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