Economia

Economia está preparada para alta do Fed, diz Meirelles

Em decisão tomada nesta quarta, o Federal Reserve, banco central dos EUA, manteve a taxa de juros inalterada entre 0,25% e 0,50%


	Meirelles: "Se não tem nada inesperado, uma crise, um choque como nós tivemos no passado"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Meirelles: "Se não tem nada inesperado, uma crise, um choque como nós tivemos no passado" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 18h57.

Nova York - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira em Nova York que a economia brasileira está preparada para suportar um aumento dos juros nos Estados Unidos.

"Se não tem nada inesperado, uma crise, um choque como nós tivemos no passado, mas um movimento esperado que está sendo encarado com a maior responsabilidade pelo Fed, acredito que a economia brasileira já está, a essa altura do campeonato, preparada para isso", afirmou Meirelles para jornalistas, após participar do Conselho das Américas, evento que reuniu empresários e investidores.

Em decisão tomada nesta quarta, o Federal Reserve, banco central dos EUA, manteve a taxa de juros inalterada entre 0,25 por cento e 0,50 por cento, mas sinalizou um possível aumento até o fim deste ano.

"O que estamos tentando fazer é tornar a economia brasileira não só com maior capacidade de crescer, mas também com capacidade de absorver impactos internos e externos", disse.

O ministro avaliou que há uma forte demanda por bônus brasileiros e que o investimento estrangeiro no país está aumentando.

No quadro fiscal, Meirelles voltou a afirmar que são extremamente altas a chance de aprovação pelo Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o avanço dos gastos públicos à inflação do ano anterior.

"A proposta de limitação dos gastos públicos interessa diretamente a uma questão estrutural da economia", afirmou durante a apresentação para investidores.

Meirelles também defendeu a adoção de uma idade mínima na reforma da Previdência, que ele acredita será aprovada no próximo ano. "A PEC do limite dos gastos públicos e a reforma da Previdência são fundamentais", disse.

O ministro da Fazenda ainda afirmou que, por ora, o governo não projeta nenhum aumento de imposto para o ano que vem.

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