Economia

Economia dos EUA expandiu nas últimas semanas, diz Fed

Atividade da economia teria melhorado nos 12 distritos do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos


	Fed: previsão de membros do banco é que a economia dos EUA registre crescimento entre 2,0 e 3,2 por cento em 2012
 (Getty Images)

Fed: previsão de membros do banco é que a economia dos EUA registre crescimento entre 2,0 e 3,2 por cento em 2012 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 17h11.

Washington - A atividade econômica nos Estados Unidos expandiu em ritmo modesto ou moderado nas últimas semanas e o gasto do consumidor ganhou fôlego, informou nesta quarta-feira o Federal Reserve, banco central norte-americano, sugerindo poucas mudanças na força da recuperação.

A autoridade monetária pintou um quadro cautelosamente positivo de uma economia ganhando força em todos os seus 12 distritos ouvidos, com negócios e consumidores assumindo uma postura de maior cuidado devido à incerteza sobre a perspectiva para a política fiscal e as condições na Europa.

"Os planos de contratação foram mais cautelosos para empresas que fazem negócios na Europa ou no setor de defesa", informou o Fed em seu relatório Livro Bege. O levantamento foi compilado pelo Fed da Filadélfia baseado em dados coletados até o último dia 4.

Parlamentares dos EUA firmaram acordo para manter baixos os impostos para todas as famílias norte-americanas cuja renda é menor do que 450 mil dólares, mas ainda precisam negociar um aumento no teto da dívida e medidas para evitar profundos cortes de gastos automáticos que passam a valer em 1º de março.

"Relatos dos 12 distritos do Federal Reserve indicaram que a atividade econômica registrou expansão desde o último Livro Bege, com todos os 12 distritos caracterizando o ritmo de crescimento como modesto ou moderado", trouxe o Fed.


O relatório anterior considerou que a economia havia avançado a um ritmo "comedido".

O Fed adotou medidas arrojadas para incentivar a recuperação dos EUA e informou que vai manter os juros quase zerados até que o desemprego atinja 6,5 por cento, frente ao alto nível atual de 7,8 por cento, contanto que a inflação não ultrapasse o patamar de 2,5 por cento.

Membros do Fed preveem que a economia norte-americana cresça entre 2,0 e 3,2 por cento neste ano. Mas eles são menos otimistas sobre as perspectivas para o mercado de trabalho, com projeções para o desemprego no quarto trimestre ficando entre 6,9 e 7,8 por cento.

Além disso, o banco central prometeu manter um agressivo programa de compra de bônus até que a perspectiva do mercado de trabalho melhore significativamente.

No atual Livro Bege, o Fed destacou áreas de melhora, notavelmente no setor imobiliário e nos gastos do consumidor. A manufatura, por outro lado, registrou resultados mistos.

"A perspectiva para manufatura permaneceu otimista de maneira geral; no entanto, os planos de gastos de capital foram menos uniformemente positivos", trouxe o Fed. Uma melhora sustentada no investimento corporativo tem sido um dos componentes ausentes da melhora mais pronunciada no crescimento e recuperação nas contratações.

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