Economia

Economia do Japão termina 2019 em recessão

Dados fracos aumentam a pressão sobre o governo e o banco central para adotarem suporte monetário e fiscal mais fortes

Japão: país é o primeiro colocado em ranking de "Melhores países para empreender" (Marco Bottigelli/Getty Images)

Japão: país é o primeiro colocado em ranking de "Melhores países para empreender" (Marco Bottigelli/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2020 às 07h56.

Última atualização em 9 de março de 2020 às 07h58.

São Paulo — A economia do Japão encolheu mais do que inicialmente estimado no quarto trimestre, no pior resultado desde o aumento do imposto sobre vendas em 2014, exacerbando os temores econômicos em um momento em que o impacto do surto de coronavírus está aumentando os riscos de recessão.

Os dados fracos aumentam a pressão sobre o governo e o banco central para adotarem suporte monetário e fiscal mais fortes.

"A economia do Japão já está em recessão e há sinais surgindo de que o pior ainda está por vir", disse o economista sênior do Mizuho Securities Toru Suehiro.

"Não há muito que o Banco do Japão possa fazer já que o afrouxamento monetário não pode curar a doença. O mínimo que o governo e o banco central podem fazer é impedir que os efeitos psicológicos negativos da epidemia aumentem mais."

A terceira maior economia do mundo encolheu a uma taxa anualizada de 7,1% nos três meses até dezembro, de acordo com dados revisados divulgados nesta segunda-feira, mais do que a preliminar de queda de 6,3% e a expectativa de recuo de 6,6%.

O dado representa a maior contração desde o período de abril a junho de 2014, quando uma alta no imposto sobre vendas em abril daquele ano levou a economia à recessão.

A contração mais forte e o impacto do vírus alimentaram os temores de outra queda entre janeiro e março, marcando dois trimestres consecutivos de perdas, a definição de uma recessão.

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