Chile: a atividade agropecuária caiu 1,2% (Jorisvo/Thinkstock)
AFP
Publicado em 20 de maio de 2019 às 14h55.
Última atualização em 20 de maio de 2019 às 16h29.
A economia do Chile cresceu 1,6% no primeiro trimestre deste ano, abaixo do esperado, devido a uma queda na mineração, informou o Banco Central nesta segunda-feira.
Em dados anualizados, comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) se manteve inalterado.
"No primeiro trimestre do ano de 2019, a atividade econômica cresceu 1,6% em relação ao mesmo período de 2018 (...) embora a maior parte das atividades tenha apresentado valores positivos, a contração da atividade mineradora e agropecuária-silvícola compensou parcialmente esse resultado", afirmou o BC em seu relatório sobre Contas Nacionais.
Os dados trimestrais foram os mais baixos desde o período abril-junho de 2017 e refletem uma queda de 3,6% na mineração, que registrou uma menor extração de cobre devido ao fraco desempenho da rocha nos depósitos incomuns e tempestades na região mineradora do norte, que esgotou a produção.
O cobre é um dos motores da economia chilena, a maior produtora do metal vermelho no mundo, com quase um terço da produção global.
Enquanto isso, a atividade agropecuária caiu 1,2% devido à redução na produção de safras anuais, como aveia e trigo, somada à queda do plantio de hortaliças.
O ministro das Finanças do Chile, Felipe Larraín, assegurou que em 2019 a economia vai crescer.
"Não estamos satisfeitos com esse crescimento, mas estamos convencidos de que a economia vai se recuperar fortemente, especialmente durante o segundo semestre deste ano", disse.
Larraín ressaltou que o Chile continua crescendo acima do ritmo da região e em um contexto de forte turbulência global, desencadeado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.