(afp/AFP)
Reuters
Publicado em 1 de julho de 2020 às 12h12.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 12h19.
A atividade econômica do Chile caiu 15,3% em maio em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o banco central nesta quarta-feira, atingindo mais uma mínima histórica já que as medidas para conter a disseminação do coronavírus deixaram muitos sem emprego e fecharam empresas.
O índice de atividade econômica Imacec do banco central abrange cerca de 90% da economia avaliada nos números do Produto Interno Bruto.
O dado de maio segue-se a um resultado igualmente terrível de abril, quando a economia do Chile despencou 14,1%. Ambos representam as maiores quedas em base anual do índice em pelo menos 34 anos.
A pandemia explodiu em grande parte da América do Sul nas últimas semanas. O Chile registrou quase 280.000 casos de coronavírus e mais de 5.500 mortes, levando as autoridades de saúde a isolar mais da metade de sua população para conter a propagação da doença.
O ministro das Finanças, Ignacio Briones, considerou a queda da produção "monumental", mas disse que ainda foi melhor do que as expectativas do mercado. Uma pesquisa da Reuters previa queda de 16,6%, enquanto alguns economistas esperavam um tombo ainda mais acentuado se aproximando de 20%.
"Vamos ter uma queda muito importante, provavelmente pior que a de junho", disse Briones em uma entrevista de rádio.
Até agora, o principal produtor de cobre do mundo conseguiu proteger sua produção do metal, mostraram os dados do banco. A atividade de mineração cresceu 1,2% em maio, mesmo com a produção não mineradora caindo 17%, segundo dados.
"As atividades mais afetadas foram serviços e comércio e, em menor grau, manufatura e construção. Nos serviços, destacou-se a queda na educação, transporte, serviços comerciais, restaurantes e hotéis", informou o banco central em comunicado.