Economia

Economia de Gaza está "à beira do colapso", diz BM

Segundo a instituição, rodadas repetidas de conflitos, divisões internas e o embargo imposto por Israel e Egito agravaram a pobreza na região


	Destruição em Gaza: a deterioração econômica se acelerou desde 2006
 (Suhaib Salem/Reuters)

Destruição em Gaza: a deterioração econômica se acelerou desde 2006 (Suhaib Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 10h52.

Jerusalém - A economia de Gaza está em pior estado do que qualquer outra no mundo, com o desemprego no topo mundial, a produção global em queda acentuada e preocupantes perspectivas de longo prazo, disse o Banco Mundial nesta sexta-feira.

Segundo a instituição, rodadas repetidas de conflitos, divisões internas e o embargo imposto por Israel e Egito deixaram o território "à beira do colapso", com sua população de 1,8 milhão enfrentando a pobreza e a miséria, apesar de grande ajuda externa.

"Bloqueios, a guerra e a má governança estrangularam a economia de Gaza, e a taxa de desemprego é agora a mais alta do mundo", diz o relatório, elaborado por Steen Jorgensen Lau, diretor do Banco Mundial para Gaza e Cisjordânia.

O texto deverá ser apresentado em Bruxelas em 27 de maio. 

"As exportações de Gaza praticamente desapareceram e o setor manufatureiro encolheu cerca de 60 por cento. A economia não pode sobreviver sem estar conectada com o mundo exterior." O relatório cita estatísticas alarmantes. 

Embora o Banco Mundial trace os males de Gaza para mais de 20 anos atrás, a deterioração econômica se acelerou desde 2006, quando o grupo islâmico Hamas venceu as eleições e começou a dominar o território, assumindo o controle total em 2007.

Depois disso, houve três guerras entre o Hamas e Israel, nas quais o Hamas dispara foguetes através da fronteira e Israel responde com artilharia, ataques aéreos e forças terrestres.

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