Argentina: os economistas pesquisados pelo Banco Central esperam que o PIB caia 3,3% este ano (Getty Images/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 20 de março de 2024 às 17h46.
Última atualização em 20 de março de 2024 às 18h08.
A economia argentina registrou queda no quarto trimestre de 2023, consolidando um ano completo de contração, inclusive antes mesmo de o presidente Javier Milei cortar drasticamente os gastos como parte de sua terapia de choque.
O produto interno bruto (PIB) do país recuou 1,9% nos últimos três meses do ano na comparação com o trimestre anterior, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec). Em todo o ano de 2023, o PIB recuou 1,6%.
Na comparação com o último trimestre de 2022, a economia argentina teve um recuo de 1,4%
A diminuição de 1,6% do PIB em 2023 correspondeu ao aumento das importações (2,2%), do consumo privado (1,1%) e do consumo público (1,2%) e às quedas das exportações (-6,7%) e da formação bruta de capital fixo (-1,9%) em relação a 2022”, disse o Indec no relatório.
Os economistas pesquisados pelo Banco Central esperam que o PIB caia 3,3% este ano, já que as medidas de austeridade levam a uma queda no consumo.
Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro e imediatamente permitiu que o peso se enfraquecesse em mais de 50%, enquanto cortava os gastos do Estado.
Com a expansão da produção no terceiro trimestre, o país conseguiu evitar uma recessão técnica. Mesmo assim, a economia em dificuldades sofreu contração em seis dos últimos dez anos.
A inflação anual acelerou para 276% no mês passado, afetando o poder de compra à medida que o valor das aposentadorias e dos salários diminui.
*Matéria produzida pela Bloomberg e distribuída pela Agência O Globo.