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Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 13h10.
Brasília – A economia da América Latina e do Caribe deve crescer mais em 2013. A estimativa é que a região apresente crescimento de 4% no próximo ano, segundo relatório divulgado hoje (2) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Para este ano, a projeção para a região caiu de 3,7% para 3,2%. No caso do Brasil, o relatório destaca que o país “experimentou um processo de desaceleração mais forte que os demais países durante o último semestre de 2011 e somente no início do segundo semestre de 2012 começaram a notar-se alguns sintomas de reativação. Na Argentina, a diminuição foi mais marcada durante o primeiro semestre de 2012”.
Segundo a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em 2013, a expectativa para o Brasil e a Argentina, que têm peso considerável na economia da região, levou ao maior otimismo para o crescimento da região. “O crescimento se recuperará levemente em 2013, especialmente pelo maior crescimento do Brasil”, disse Alicia, ao apresentar o relatório Estudo Econômico da América Latina e do Caribe, em Santiago (Chile), com transmissão por meio de videoconferência no escritório da Cepal, em Brasília.
A projeção de crescimento da economia brasileira, este ano, passou de 2,7% para 1,6%. Para 2013, a estimativa é 4%. A Argentina deve crescer 2% este ano, ante a última estimativa de 3,5%. No próximo ano, a projeção para a Argentina é 3,5%.
Segundo o relatório, o consumo privado tem sido o principal impulsor da expansão regional, devido à evolução favorável do mercado de trabalho, do aumento do crédito e, em alguns casos, das remessas de recursos do exterior para os países da região. “Entretanto, o acentuado enfraquecimento da demanda externa e uma tendência decrescente dos preços da maioria dos principais bens básicos de exportação têm transformado o comércio exterior no principal canal de transmissão das crises internacionais para a economia da região”, informa a Cepal.
Em relação à inflação, o relatório indica que foi mantida a tendência de queda durante o segundo trimestre de 2012, com uma variação média acumulada em doze meses para junho, de 5,5%, valor mais baixo registrado desde novembro de 2010. Segundo a Cepal, isso ocorreu “graças ao menor crescimento dos preços dos alimentos”.