Economia

Economia britânica evita recessão ao registrar crescimento no 2º trimestre

As estatísticas da economia britânica continuam frágeis, ainda abaixo dos níveis pré-pandemia

Mas o contexto para a economia do país permanece complexo (Chesnot/Getty Images)

Mas o contexto para a economia do país permanece complexo (Chesnot/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de setembro de 2022 às 11h36.

A economia britânica cresceu 0,2% no segundo trimestre do ano, de acordo com os dados oficiais revisados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o que diminui os temores de uma recessão.

A primeira estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada em agosto, registrava contração de 0,1% no segundo trimestre, consequência da desaceleração das atividades médicas vinculadas à pandemia.

O dado revisado dissipa os temores de que o Reino Unido poderia entrar em recessão a partir do terceiro trimestre, já que dois trimestres consecutivos de contração econômica constituem uma das definições técnicas clássicas de recessão.

Mas o contexto para a economia do país permanece complexo.

O anúncio na sexta-feira passada pelo governo da primeira-ministra conservadora Liz Truss de medidas milionárias de apoio à energia e de cortes expressivos de impostos, com financiamento incerto, provocaram pânico nos mercados, com a desvalorização da libra esterlina e a disparada da taxa de juros dos títulos britânicos.

Truss e seu ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, se reuniram nesta sexta-feira com o organismo britânico de previsão orçamentária OBR para tentar tranquilizar os mercados.

O OBR anunciou que uma "primeira versão" de suas previsões orçamentárias, que levam em consideração o caro plano econômico do governo, será apresentada na próxima sexta-feira ao Executivo.

As estatísticas da economia britânica continuam frágeis, ainda abaixo dos níveis pré-pandemia.

"No que foi uma semana calamitosa para a economia do Reino Unido, houve um raro vislumbre de esperança... desafiando as expectativas de uma recessão, por enquanto", disse Richard Hunter, analista da Interactive Investor.

Veja também: 

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