Economia

Economia brasileira crescerá 0,4% este ano, prevê Cepal

A comissão também estimou crescimento médio do PIB de 1,1% em 2017 para toda a América Latina e Caribe

PIB: todos os países da área terão taxas positivas de crescimento este ano (WEB/Divulgação)

PIB: todos os países da área terão taxas positivas de crescimento este ano (WEB/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 15h45.

O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) do Brasil crescerá 0,4% este ano, segundo projeção da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O organismo da Organização das Nações Unidas também estimou crescimento médio do PIB de 1,1% em 2017 para toda a região. Os dados foram divulgados hoje (3) no Chile.

Segundo comunicado da Cepal, o crescimento ocorrerá porque, após dois anos de contração, as economias da América Latina e Caribe foram beneficiadas por um contexto internacional com melhores perspectivas de crescimento, apesar dos riscos geopolíticos.

Outro fator favorável, segundo a Cepal, é a melhora nos preços das matérias-primas exportadas pela região.

De acordo com o relatório, todos os países da área terão taxas positivas de crescimento este ano.

As exceções são a Venezuela, cujo PIB deve cair 7,2%, e os países caribenhos Suriname e Santa Lúcia, cujas economias devem registrar, igualmente, uma contração de 0,2%.

Investimento público

A Cepal defendeu a necessidade de políticas macroeconômicas para permitir o crescimento de longo prazo e promover mudanças estruturais na economia da região.

O organismo destacou que, ao buscar o equilíbrio nas trajetórias da dívida e nos gastos públicos, "não se deve restringir o investimento público".

Para facilitar esse processo, segundo a Cepal, uma alternativa é separar os gastos de investimento dos gastos correntes.

Para o organismo, também é importante aumentar as receitas públicas, por meio de mudanças na estrutura tributária.

Isso poderia ser feito, segundo a Cepal, com a criação de mais impostos diretos (aqueles que são pagos diretamente ao governo, em lugar de incidirem indiretamente sobre o consumo de bens e serviços), fortalecimento da administração e redução da evasão fiscal.

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